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Mulher sofre mais que homem com término de relacionamento, diz estudo

O objetivo da pesquisa, desenvolvida pela Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, e pela University College London, no Reino Unido, era medir o quanto de dor física e emocional as pessoas sentem após um término.

08/08/2015 | Edivan Araujo
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Diante do fim de um relacionamento romântico, as mulheres tendem a sofrer mais do que os homens. Esta foi a conclusão de um estudo que ouviu 5.705 pessoas de 96 países. O objetivo da pesquisa, desenvolvida pela Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, e pela University College London, no Reino Unido, era medir o quanto de dor física e emocional as pessoas sentem após um término.

Os voluntários tinham que dar uma nota de 0 a 10 para o sofrimento que costumam experimentar após um término, 0 correspondendo a nenhuma dor e 10 correspondendo a uma dor insuportável. Enquanto as mulheres deram uma nota média de 6,84 para seu sofrimento emocional, os homens atribuíram uma nota de 6,58.

Em termos de dor física experimentada após um término, as mulheres também "ganham": elas deram a nota média de 4,21 para esse tipo de sofrimento, enquanto os homens deram a nota média de 3,75.

O líder do estudo e pesquisador da Universidade de Binghamton, Craig Morris, diz que essa diferença se deve ao fato de que uma mulher investe mais em um relacionamento do que um homem. "Um breve encontro romântico podia levar a 9 meses de gravidez seguidos de muitos anos de lactação para uma mulher ancestral, enquanto o homem poderia 'deixar a cena' literalmente alguns minutos depois do encontro, sem nenhum investimento biológico adicional", diz.

"É este 'risco' de maior investimento biológico que, ao longo da evolução, fez as mulheres mais exigentes para escolher um companheiro de alta qualidade. Por isso, a perda de um relacionamento com um companheiro de alta qualidade 'dói' mais para uma mulher", conclui.

Apesar disso, segundo os pesquisadores, as mulheres tendem a se recuperar mais completamente e sair da situação mais fortes emocionalmente do que os homens, que podem nunca se recuperar de forma plena."Os homens provavelmente sentem a perda profundamente e por um longo período de tempo, enquanto eles se dão conta que precisam começar a competir de novo para substituir o que perderam - ou ainda pior, chegarem à conclusão que a perda é insubstituível", diz o pesquisador.

Os autores do estudo, que foi publicado nesta quinta-feira (6) na revista "Evolutionary Behavioral Sciences", dizem que o término de um relacionamento é um tema importante para se pesquisar, já que o evento pode levar a grande sofrimento e comportamento autodestrutivo. A ideia é que os estudos levem a soluções para mitigar os riscos psicológicos envolvidos nessas situações.

Fonte: Com informações do Bem Estar

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