São Paulo — O Brasil é o campeão da 43ª edição da WorldSkills Competition, a maior prova prática para estudantes da educação profissional e tecnológica do mundo, realizada em São Paulo. Após quatro dias, a equipe brasileira foi premiada com 11 medalhas de ouro, dez de prata e seis de bronze. O país ainda contou com 18 certificados de excelência. Os números deram 99 pontos ao Brasil, o melhor resultado da história do país. Coréia do Sul e Taipé Chinesa (Taiwan) ficaram em segundo e terceiro lugares.
Os estudantes foram preparados para a WorldSkills com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Confederação Nacional de Indústria (CNI). O paulista Luís Carlos Sanches Machado, que ganhou medalha de ouro em tecnologia automotiva, foi também premiado como o melhor da competição.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, destacou a participação de competidores que tiveram acesso à educação profissional por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “A vitória do Brasil no WorldSkills é uma vitória do Pronatec”, disse. Das 27 medalhas, 25 tiveram a participação de estudantes do programa, incluídos os 11 jovens que ganharam medalha de ouro. “Isto muda o papel da educação profissional no país”, destacou o ministro. “Não faz mais sentido pensar que ela é inferior. Nossos esforços foram consagrados internacionalmente hoje. Os caminhos entre a educação e o mundo do trabalho só vão crescer.”
O empenho em torno do Pronatec e da educação profissional pode ser observado na evolução do Brasil na WorldSkills. Na edição de 2011, realizada em Londres, o país ficou em oitavo lugar na classificação geral. Em 2013, subiu para a quinta colocação, em Leipzig, Alemanha. O Brasil envia representantes à competição desde 1983. Até a edição deste ano, os brasileiros já haviam conquistado 68 medalhas e 111 certificados de excelência. O número de competidores subiu de 28 em 2011 para 56 este ano.
Expansão — Para o secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Marcelo Feres, a participação e os resultados obtidos pelos estudantes brasileiros na WorldSkills demonstram que o Brasil está no caminho certo ao expandir a educação profissional. “A qualidade da educação profissional brasileira é comparável à de países que estão na ponta na área de educação profissional”, disse. “Ela precisa ser mais conhecida em nosso país para se tornar mais atrativa aos jovens.”
Realizada a cada dois anos, a WorldSkills reúne os melhores estudantes, selecionados em olimpíadas de educação profissional. Esta edição, a primeira na América Latina, teve a participação de 60 países. Ao todo, 1.189 competidores de até 22 anos disputaram medalhas em 50 ocupações da indústria e do setor de serviços, como artes criativas e moda; construção e tecnologia de construção; produção e tecnologia de engenharia; serviços sociais e pessoais; tecnologia da informação e comunicação; transporte e logística, entre outras. Nas provas, os competidores executaram tarefas do dia a dia das profissões que escolheram. Foram vendedores aqueles que executaram o trabalho nos prazos e com os padrões internacionais de qualidade.
A competição em São Paulo foi organizada pelo Senai, entidade do sistema S que mantém um dos maiores complexos de educação profissional do mundo.
Pronatec — Criado pelo governo federal em 2011, o Pronatec tem o propósito de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, além de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público. O programa busca ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada para jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda.
Assessoria de Comunicação Social