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Taxa de sobrevivência de empresas no Piauí é de 79,7%, aponta IBGE

No ano de 2013, as aberturas de novas empresas representaram 20,3% do total, somando 8.837 novos CNPJs.

05/09/2015 | Edivan Araujo
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A taxa de sobrevivência de empresas no Piauí é de 79,7%, pesquisa divulgada, na sexta-feira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), maior do que a média do Nordeste, que é de 79,3%.

De acordo com o IBGE, a sobrevivência de uma empresa é caracterizada pela permanência em atividade daquele empreendimento por mais de um ano. O que significa que no Piauí, das empresas ativas no ano de 2013, 79,7% já existiam no ano anterior.

Em números absolutos, o Piauí possui 43.591 empreendimentos em atividade, sendo que 34.754 já atuavam no mercado piauiense havia pelo menos um ano. No ano de 2013, as aberturas de novas empresas representaram 20,3% do total, somando 8.837 novos CNPJs.

Não resistiram e saíram do mercado piauiense 6.335, um percentual foi de 14,5%.

O IBGE concluiu que estão trabalhando nas empresas sobreviventes no Piauí 245.886 trabalhadores, uma taxa de 95,11%. Em 2013, houve uma entrada de 12.003 trabalhadores nas empresas piauienses e saíram do mercado 2.472 trabalhadores piauienses.

Esses são alguns dos resultados do estudo Demografia das Empresas 2013, que, com base nas informações do Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, permite analisar a dinâmica empresarial através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas no mercado, pessoal ocupado assalariado, estatísticas das empresas de alto crescimento e gazelas (empresas de alto crescimento com até oito anos de idade no ano de referência) além de indicadores relativos às unidades locais das empresas e atividades.

No Brasil, a média foi de 81,7%. Ao todo, no país, em 2013, 951 mil empresas iniciaram atividades e 756 mil fecharam as portas. O estado com a melhor taxa de sobrevivência foi Santa Catarina, com 85,4%. São Paulo lidera em números absolutos: 1,3 milhão de empresas sobreviveram no estado.

Segundo o IBGE, em 2013, 47,5% das empresas que haviam nascido em 2009 ainda estavam ativas no mercado, ou seja, quatro anos após o nascimento, mais da metade (52,5%) das empresas não sobreviveu.

A taxa de saída (relação entre o número de saída de empresas e o total) recuou 2,8 pontos percentuais em relação a 2012, passando de 17,4% para 14,6%. No ano, 695,7 mil empresas saíram do mercado. Por outro lado, a taxa de entrada das empresas no mercado (relação entre o número de entrada de empresas e o total), em 2013, foi de 18,3%, revelando um impacto significativo das entradas no estoque de empresas (871,7 mil empresas a mais). A taxa de sobrevivência (relação entre o número de empresas sobreviventes e o total) foi de 81,7% (3,9 milhões). Com isso, na comparação com 2012, houve um crescimento de 3,8% (176,2 mil) no total de empresas ativas no Brasil. O total de ocupações assalariadas cresceu 3,3% (1,1 milhão) de 2012 para 2013, e as empresas que entraram foram responsáveis por 887,7 mil novas vagas, sendo que 30,3% (268,6 mil) destas foram criadas no comércio.

Do total de empresas ativas em 2013 (4,8 milhões), 0,7% (33,4 mil) eram de alto crescimento, pois apresentaram aumento médio do pessoal ocupado assalariado maior a 20% ao ano, por um período de três anos, tendo pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação. Essas empresas ocuparam 14,2% (5,0 milhões) do pessoal assalariado, sendo que a atividade construção foi a que apresentou maior proporção de assalariados em empresas de alto crescimento (28,1%).

Mais da metade das empresas (52,5%) saem do mercado após o quarto ano de atividade

Do total de 694,5 mil empresas que nasceram em 2009, 536,6 mil (77,3%) permaneceram ativas em 2010, 452,5 mil (65,2%) sobreviveram até 2011, 387,4 mil até 2012 (55,8%) e 329,9 mil (47,5%) continuaram no mercado até 2013. Ou seja, após quatro anos da entrada no mercado, mais da metade das empresas não sobreviveram. Observou-se também uma relação direta com o porte: após quatro anos da entrada no mercado, a sobrevivência das empresas sem pessoal ocupado assalariado foi de 40,9%, enquanto na faixa de 1 a 9 foi de 69,1% e de 10 ou mais foi de 76,7%. Empresas maiores tendem a apresentar taxas mais altas de sobrevivência. Nas faixas menores existem grandes movimentos de entrada e saída e consequentemente taxas mais baixas de sobrevivência.

Nesse período, as seções de atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais (61,6%), atividades imobiliárias (58,9%) e atividades profissionais, científicas e técnicas (54,9%).

Em 2013, 695,7 mil empresas saíram do mercado, o que representa uma taxa de saída de 14,6%, em um universo de 4,8 milhões empresas ativas. Essa taxa caiu 2,8 p.p. em relação a 2012 (17,4%), quando 799,4 mil empresas, em um universo de 4,6 milhões, deixaram de ser ativas. Paralelamente, a taxa de entrada se manteve estável, passando de 18,7% (860,0 mil) em 2012 para 18,3% (871,7 mil) em 2013. Com isso, o saldo no total de empresas ficou positivo, registrando um acréscimo de 3,8% no número de empresas (176,2 mil empresas a mais).

Por atividade, todas as seções de atividades, com exceção de Eletricidade e gás apresentaram queda nas taxas de saída de empresas do mercado. As maiores reduções foram verificadas nas seções outras atividades de serviços (9,0 p.p.) e alojamento e alimentação (4,3 p.p.).

Entre 2012 e 2013, o total de ocupações assalariadas cresceu 3,3% (1,1 milhão). As empresas que entraram em atividade em 2013 trouxeram 887,7 mil pessoas assalariadas (2,5% do total) ao mercado. Na comparação com 2012, apesar de o número de entradas ter sido 1,4% superior, elas representaram um acréscimo 6,6% inferior no pessoal ocupado assalariado. Já as empresas que saíram do mercado levaram 524,2 mil assalariados (1,5% do total), uma perda 15,7% superior em relação a 2012, apesar da queda de 13,0% no número de saídas. As empresas sobreviventes ocupavam 97,5% (34,2 milhões) dos assalariados.

Do total de 887,7 mil de pessoal assalariado gerado pelas empresas que entraram em atividade em 2013, 268,6 mil postos (30,3%) foram criados no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas; 150,7 mil (17%) na construção e 111,5 mil (12,6%) nas indústrias de transformação. Já em relação ao total de 524,2 mil de pessoal assalariado das empresas que saíram do mercado, 162,5 mil (31,0%) estavam no comércio; 142,2 mil (27,1%) nas indústrias de transformação e 60,3 mil (11,5%) na construção.

O comércio foi a atividade com maior ganho absoluto no pessoal ocupado assalariado, com um saldo de 106,1 mil postos entre 2012 e 2013. Foi também a atividade que mais se destacou em relação ao número de empresas que entraram (364,7 mil), saíram (328,8 mil) e sobreviveram (1,8 milhões), representando, respectivamente, 41,8%, 47,3% e 48,1% do total das empresas para cada movimento.

Construção foi a atividade que apresentou maior taxa de entrada em 2013: 26,4%. Já a atividade que apresentou maior taxa de saída foi eletricidade e gás, com o equivalente a 19,1% das empresas do setor deixando o mercado. A atividade com maior proporção de empresas permanecendo ativas foi indústrias de transformação, com taxa de sobrevivência de 85,5%.

As 4,6 milhões de empresas ativas, em 2013, tinham 5,2 milhões de unidades locais ativas, das quais 50,9% estavam localizadas na região Sudeste; 21,9%, na região Sul; 15,5%, no Nordeste; 8,0%, no Centro-Oeste; e 3,7%, na região Norte. Do total de unidades locais, 4,2 milhões eram sobreviventes em relação a 2012 (81,7%), 951,6 mil (18,3%) foram entradas e as saídas totalizaram 756,2 mil (14,6%) unidades.

As regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de sobrevivência, 83,4% e 82,4%, respectivamente, acima da média nacional (81,7%). Em contrapartida, as maiores taxas de entrada e saída foram observadas nas regiões Norte (24,3% e 18,1%), Nordeste (20,7% e 15,9%) e Centro-Oeste (20,6% e 15,2%), assim como as menores taxas de sobrevivência: 75,7%, 79,3% e 79,4%, respectivamente.

As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores percentuais de pessoal assalariado pela criação de novas empresas, representando 49,5% e 19,8%, respectivamente, do pessoal ocupado assalariado vinculado às entradas no mercado em 2013.

Em 2013, havia 33.374 empresas de alto crescimento, o equivalente a 0,7% do total de empresas ativas e 7,0% das empresas ativas com 10 ou mais pessoas ocupadas. As maiores proporções de empresas de alto crescimento, por atividade, estavam em atividades administrativas e serviços complementares (11,1%), construção (10,5%) e em água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (10,4%). Já as seções alojamento e alimentação (4,0%); artes, cultura, esporte e recreação; e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (ambas com 5,5%) registraram as menores proporções.

As empresas de alto crescimento ocuparam 5,0 milhões de assalariados, que representam 14,2% dos salários e outras remunerações e 17,2% dos assalariados nas empresas com 10 ou mais pessoas. A atividade construção foi a que apresentou maior proporção de assalariados em empresas de alto crescimento (28,1%), seguida por atividades administrativas e serviços complementares (26,2%) e informação e comunicação (21,4%). Por outro lado, eletricidade e gás (2,2%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,2%) e educação (10,7%) registraram as menores participações.

Fonte:Meio Norte

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