A greve dos professores da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) pode estar perto do fim. Amanhã, dia 16, os professores se reunirão na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) para saber se aceitam ou não a contraposta oferecida pelo Governo.
O presidente da Adufpi, Marcos Antônio, explica que a proposta oferecida foi o aumento do salário de 10,8% em dois anos e o reajuste de alguns subsídios da classe. Caso os docentes votem a favor, a greve que dura mais de 30 dias, poderá ser finalizada, mesmo se as outras associações negarem a contraposta. “Nós estamos mantendo as nossas propostas que é principalmente o reajuste e o plano de carreira. O fim da greve depende da dinâmica da nossa assembleia. Nessa reunião iremos saber se a adufpi irá manter a greve ou acatar a proposta”, explica.
Na última reunião feita pela classe foi discutida a necessidade de ampliar a pressão sobre o Ministério da Educação (MEC) e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para que fosse apresentado respostas mais concretas. Dentre as pautas que serão discutidas está a defesa do caráter público da universidade, das condições de trabalho, da reestruturação da carreira e valorização salarial e da garantia de autonomia.
Calendário segue normalmente
Enquanto as aulas não voltam, o calendário acadêmico segue sem modificações e alguns professores ministrando aula. “A Adufpi pediu para que o calendário fosse suspenso, mas isso não aconteceu. Quando a greve acabar essas atividades deverão ser remarcadas”, completa o presidente.
O Diretório Central dos Estudantes, que apoia a greve dos docentes e técnicos da Ufpi, também pediu a suspensão do calendário, mas a entidade não conseguiu evitar que as atividades seguissem normalmente.
“Nós reconhecemos o ônus da greve, assim, visando prejuízos menores, reivindicamos a suspensão do calendário acadêmico. Sem a suspensão, os professores ficam a vontade para dar ou não as aulas. O que acontece é que em muitos cursos, apenas um professor continua dando aula. Então nós, estudantes, temos que nos deslocar, gastar passagem, encarar uma Ufpi deserta e sem segurança para assistir apenas auma aula. Fora os estudantes do interior que têm mais prejuízo”, explica a integrante do DCE, Thais Guimarães.
FONTE:Meio Norte