Matéria / Polícia

Comando quer a prisão de policiais militares no PI por 'insubordinação'

O governador Wellington Dias disse que a paralisação dos policiais significa crime militar

02/12/2015 | Edivan Araujo
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Uma portaria assinada pelo Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto, prevê a prisão de policiais militares em caso de insubordinação. A medida, tomada após orientações do governador Wellington Dias (PT) diante do Polícia Legal deflagrado no último sábado (28/11), visa enquadrar em crimes militares os policiais que insistirem no movimento.

Ainda não publicado no Diário Oficial do Estado, o documento está datado do dia 30 de novembro. Na última segunda-feira, o governador Wellington Dias disse que a paralisação dos policiais significa crime militar e determinou a Procuradoria-Geral do Estado medidas administrativas contra o movimento.

Na portaria, o comando da PM determina que os quartéis definam normalmente as operações e escalas de serviço com os policiais, e diz que os PMs podem até ser presos em flagrante por atos que caracterizem insubordinação, abandono do posto de serviço, motim ou lesão corporal contra outro PM, que são classificados como crime militar. Através do movimento Polícia Legal, os policiais deixaram de ir às ruas em situações que possam comprometer o exercício da atividade policial. O movimento é por melhorias salariais e de condições de trabalho.

O comandante-geral da PM determinou que os comandantes e subcomandantes dos batalhões façam relatórios diários sobre as operações, mantendo as escalas dos policiais. Os que se negarem a cumprir a escala devem ser punidos imediatamente. No ato, deve haver a devolução de armas e equipamentos e o recolhimento ao xadrez do batalhão. E eles ainda vão responder a processo na Corregedoria da PM-PI.

Até o início de setembro, a Polícia Militar tinha aberto 49 inquéritos e expulsou quatro policiais militares por atos que contrariam as normas da corporação. No ano anterior, 16 policiais foram expulsos da corporação. A PM informou que os policiais foram submetidos a inquérito policial militar e a processos administrativos, e os que foram condenados, foram expulsos "ao bem da corporação". A maioria dos policiais que perdeu a farda foi por desvio de conduta.

*Com informações do Diário do Povo

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