O governo do Piauí começou a corrigir as distorções na folha de pagamento dos servidores do estado. São os primeiros resultados do recadastramento, que encontrou entre as irregularidades o pagamento a pessoas mortas e também contas-salários sem movimentação há vários meses. O prejuízo já chega em R$ 8 milhões.
O auxiliar administrativo Edcarlos da Silva é um dos 5.940 servidores que não fizeram o recadastramento biométrico e tiveram os salários de dezembro bloqueados. Há 13 anos ele trabalha para o estado, mas por falta de um documento perdeu o prazo.
Os servidores têm até o dia 18 de dezembro para fazer o recadastramento na sede da Secretaria de Administração, das 8h à 13h. Caso não compareçam, será aberto um processo administrativo, podendo ocasionar na demissão dos funcionários por abandono de emprego.
Alguns resultados deste recadastramento podem ser observados. Desde o início do ano, a Secretaria já identificou mais 400 pessoas que já morreram e continuavam recebendo salário do estado, além disso 278 contas salários que não eram movimentadas há mais de seis meses.
"Imediatamente pedimos o cancelamento destas aposentadorias e pensões. Pedimos para que retornassem para conta da previdência, os valores que estavam parados", informou o secretário de Administração, Franzé Silva.
De acordo com o advogado especialista em administração pública Alexandre Veloso, esses processos para receber o dinheiro de volta podem demorar, especialmente nos casos em que o dinheiro foi sacado. Quem fez estes saques pode responder por crimes, como falsidade ideológica. Â Â Â
"O estado terá que averiguar quem realizou estes saques, para a partir daí iniciar uma investigação no âmbito penal e posteriormente este cidadão pode responder um processo. Neste caso, a Procuradoria do estado ajuízará uma ação de reparação de danos, em virtude dos recebimentos indefidos", explicou.
Fonte:G1 PI