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Órgãos fiscalizam 33 barragens do Piauí e não encontram nenhum risco

O relatório final recomenda apenas que sejam feitas pequenas ações, como capina ou reparos mais simples

14/02/2016 | Edivan Araujo
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Os meses de janeiro e fevereiro foram bastante favoráveis para os agricultores do Estado do Piauí. Isso porque as chuvas trouxeram um pouco mais de alívio, amenizando a estiagem, ajudando a encher açudes, rios, contribuindo para que plantão crescesse e que o homem do campo pudesse alimentar os animais e tirar seu sustento.
Porém, as fortes chuvas que contribuíram para que as barragens enchessem, também amedrontam os moradores que vivem ao seu redor, sobretudo pelo medo de rompimento. Com isso, diversos órgãos responsáveis por fiscalizar e fazer manutenção fizeram um levantamento nos principais barramentos do Estado.

Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar), das 33 barragens de médio e grande porte que foram fiscalizadas, nenhuma apresentou qualquer tipo de alteração em suas estruturas. O superintendente da Semar, Romildo Mafra, explicou que a Secretaria é responsável por fiscalizar e encaminhar um relatório para os órgãos empreendedores, ou seja, que construíram as barragens, seja no âmbito estadual ou federal.

Ele afirmou que os relatórios não apresentam grandes alterações, mas que são necessárias apenas reformas de manutenção, como capina ou reparos simples. O gestor ainda acrescentou que as comunidades que residem em torno das barragens não precisam se preocupar com riscos de rompimento.

“Nos relatórios, avaliamos a simetria das barragens, através do volume de água que tem nela e se ela está alterada com fissuras ou vazamentos. Mas não há nenhum risco em nenhuma barragem, porque não tem nenhuma constatação, então as pessoas podem ficar tranquilas”, disse.

Além disso, também são avaliadas as paredes das barragens, assim como o sangradouro, que é quando a barragens descarrega seu excesso de água de forma segura. O superintendente acrescentou que é verificado inclusive se fissuras foram abertas e podem evoluir, em caso de barragens de barro. “Temos que observar o assoreamento, o aterramento e o volume de água. Se tiver qualquer alteração, enviamos um relatório para os órgãos empreendedores e eles devem fazer os possíveis reparos”, falou.

De acordo com a Semar, apenas três barragens apresentaram pequenas alterações, sendo uma delas na cidade de Campo Maior. Dentre os itens encontrados estão, o sangradouro, fissuras nas paredes e infiltrações presentes na estrutura. O superintendente enfatizou que a alteração chamou atenção do órgão, ainda no ano de 2014, quando o Idepi (Instituto de Desenvolvimento do Piauí) foi comunidade para fazer os reparos. Contudo, até o momento, a manutenção ainda não foi realizada.

O Piauí possui mais de 100 barragens em toda sua extensão, porém, deste total, apenas as 33 com maior volume de água são fiscalizadas. Elas são divididas e vistoriadas por diversos órgãos, como Crea-PI (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Defesa Civil, OAB-PI (Ordem dos Advogados do Brasil), Semar, Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Essa divisão acontece através da Lei Nº 12.334, de 20 de Setembro de 2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens.


Fonte:Jornal O DIA

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