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Greve dos técnicos da Uespi prejudica matrículas de aprovados no Sisu

Alunos aprovados no Sisu passam horas para serem atendidos na unidade. Servidores reivindicam reajuste salarial que estava previsto para novembro.

17/02/2016 | Edivan Araujo
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As matrículas dos alunos aprovados no Sisu, o Sistema de Seleção Unificada, que garantiram uma vaga para a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), estão sendo prejudicadas por conta da greve dos técnicos da unidade de ensino. Desde novembro sem receber o reajuste salarial garantido em lei e já publicados no Diário Oficial do Estado, os servidores ainda aguardam uma resposta do governo sobre o problema.

O prazo para que os alunos assinem uma lista de espera para conseguir uma vaga se encerra nesta quarta-feira (17), e os técnicos garantem que não se responsabilizam por aqueles que não consigam uma vaga. O estudante Pedro Paulo Gomes foi um dos que passaram mais de duas horas para serem atendidos na instituição e garantir um espaço na lista.

Já estudantes que sonharam com o ensino superior, como o estudante Nalberte Gomes, que passou para engenharia civil na Uespi, vão ter que esperar mais um pouco para o início das aulas. Ele teme que o período letivo seja prejudicado.

“O período vai começar muito tarde, as aulas vão ser mais rápidas, os professores vão dar conteúdos em pouco tempo, e para acompanhar vai ser um pouco complicado para os estudantes. O período em geral dura uns quatro meses e talvez seja feito em menos de três, e vai ser muito puxado”, contou.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Uespi (Sintuespi), Lêda Simone, a categoria reivindica o plano de carreiras que já foi aprovado por lei e garante um reajuste salarial para os servidores promovidos.

O pagamento, segundo ela, deveria ter começado a ser feito em novembro, assim que a lista dos servidores foi divulgada no Diário Oficial, mas até a presente data a lei não vem sendo cumprida. Em resposta à categoria, a presidente contou que a Secretaria de Administração disse que só poderá pagar em junho, depois que o problema passar pela secretaria de administração.

“A nossa lei já garante uma comissão de avaliação para os técnicos que vão sendo promovidos, os que estão em estado probatório. Então se a lei garante isso, não há necessidade de passar pela secretaria de administração, porque nós somos um caso à parte, único, diferente. Os técnicos foram promovidos, foi publicado no Diário oficial em novembro, que já garantia o pagamento, mas até agora não entrou no contracheque”, contou.

Resposta
Em nota, a administração da Uespi informou que, por não ter autonomia financeira, o impasse deve ser resolvido entre o governo e o comando de greve. O início das aulas está previsto para o dia 14 de março, e a unidade de ensino disse que até lá espera que o problema já tenha sido sanado.

A Secretaria de Administração (Seadm) não deu respostas até a publicação da reportagem.

Fonte:G1 PI

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