Com o propósito de erradicar o analfabetismo no Piauí, a secretária de Estado da Educação, Rejane Dias, solicitou nesta quarta-feira ao secretário Executivo Substituto do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza, a liberação de recursos para começar o Programa Brasil Alfabetizado no Piauí. “Elegemos a Educação de Jovens e Adultos (EJA) uma das prioridades na Seduc”, afirma a secretária. “Nós já estamos com as matrículas prontas de cerca de 48 mil alunos, de 15 a 72 anos, e esperando para dar o resultado do processo seletivo de professores e coordenadores de turmas.”
Acompanhada pela diretora da Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Seduc, Conceição Andrade, Rejane pediu recursos do MEC para três programas voltados para estimular esse público que irá cursar o Brasil Alfabetizado: o Olhar Brasil (a fim de identificar alunos com problemas visuais e solucioná-los), o Brasil Sorridente (programa de saúde bucal) e o Mulheres Mil, que é um programa do Pronatec voltado para mulheres analfabetas.
Conceição explica que existem dois tipos de analfabetos: “o absoluto, que não sabe ler nem escrever, e o funcional, que consegue ler e escrever, mas não consegue interpretar os textos, e só tem até quatro anos de estudo”. O curso será de oito meses. Após esse período, o aluno já sai preparado para dar continuidade à segunda etapa do EJA. “Cabe esclarecer que a alfabetização é a porta de entrada para o EJA”, ressalta Conceição.
Projovem Campo – Rejane Dias solicitou ainda, apoio do MEC para a ampliação do programa Projovem Campo - Saberes da Terra. “Hoje nós temos, no Piauí, 40 municípios atendidos pelo Projovem, com cerca de dois mil alunos”, informa. “Trata-se de um curso de EJA, mas que sai com qualificação profissional para o campo, voltado para a agricultura familiar.” O Estado, no entanto, não poderá beneficiar os 90 municípios que já tem a oferta pela rede municipal.
“O terceiro pedido que fizemos se refere aos cursos de curta de duração, o FIC Pronatec, voltado para a EJA”, conclui a secretária.
Fonte:180graus