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Morre Leonardo, o eterno ídolo do Sport e da SEP

Ex-atacante do Leão faleceu na tarde desta terça-feira, após quase um mês internado.

01/03/2016 | Edivan Araujo
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O que constrói a imagem de um ídolo no futebol? Títulos? Então, Leonardo é absoluto. É o maior vencedor da história do Sport. São sete campeonatos pernambucanos e duas Copas do Nordeste. As nove taças conquistadas viraram reflexos materializados da importância do jogador para o clube. Transformaram o atleta em parte do DNA rubro-negro, no símbolo de uma época em que o Leão foi hegenômico em Pernambuco. A morte do ex-atleta foi confirmada na tarde desta terça-feira, às 15h15, dia 1º de março, após quase um mês de internação no Hospital da Restauração.

Falecido aos 41 anos após complicações de um quadro de neurocisticercose, doença provocada pelo consumo de carne de porco indevidamente preparada, Leonardo construiu, na sua velocidade com a bola nos pés, a imagem de um mito na Ilha do Retiro. Mito que soube driblar rapidamente o anonimato quando chegou no clube.

Vindo de Picos, sua cidade natal no Piauí, Leonardo tinha apenas 18 anos de idade ao virar leonino. Era um jovem franzino, de 1,64m e poucas palavras. Veio com um contrato ainda amador, mas ambicioso. Em 15 de julho de 1992, as páginas do Diario de Pernambuco traziam a mais nova contratação do Sport. Ainda pouco conhecido de torcida e imprensa, o atacante Leonardo chegava para morar na concentração da base.

Logo, virou ídolo. Ficou até o fim de 1995, quando se transferiu para o Vasco e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira. Passou ainda por Corinthians, onde foi artilheiro do time na Copa Libertadores de 1996 com cinco gols, e Palmeiras. Ainda assim, em nenhum dos times do eixo Rio-São Paulo teve o mesmo sucesso quando se vestiu com as cores do Sport. Azar deles, pensam os rubro-negros.


Azar deles que não vibraram com aquela bola entre as pernas do argentino Mancuso, no clássico com o Santa Cruz, em 1999. Azar deles que não vibraram com aqueles cinco gols do atacante na vitória de 6 a 0 em cima do Atlético Mineiro, no Brasileirão de 2000.

Rubro-negro até o fim
As duas passagens no Sport ainda renderam a Leonardo a marca de terceiro maior artilheiro do clube com 133 tentos marcados. Após as glórias no Leão, o jogador teve uma nova passagem frustrada no Sudeste. Dessa vez, no Cruzeiro. Em seguida, rodou em 14 times. Entre eles, o antigo rival Santa Cruz. Insistiu até quando teve a certeza de que o corpo não aguentava mais. Nessa época, aos 38 anos, tentava iniciar mais um Campeonato Pernambucano pelo Afogadense.

Após pendurar as chuteiras, o destino trouxe Leonardo de volta à Ilha do Retiro. Nos últimos anos, começava a construir a carreira de auxiliar técnico nas categorias de base do clube. Era o exemplo para aqueles jovens que, assim como ele, sonhavam em vencer no futebol, em vencer no Sport.

Leonardo no Sport
2 passagens (1992 a 1995 e 1997 a 2001)
367 jogos
7 Campeonatos Pernambucanos (1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 1999 e 2000)
2 Copas do Nordeste (1994 e 2000)
3º maior artilheiro com 136 gols (à sua frente, Traçaia, com 202, e Djalma Freitas, com 161)
 
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Fonte:Diário de Pernambuco

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