A notícia de que pelo menos 50 cursos da Universidade Estadual do Piauí podem ser fechados por não terem condições mínimas de andamento surpreendeu alunos e professores da instituição, muitos com medo de sequer conseguirem colar grau.
A situação foi exposta nesta segunda-feira (16/05) após comunicado à imprensa divulgado pelo Ministério Público Estadual, através da 44ª Promotoria de Justiça. Ontem, durante audiência, a Associação de Docentes da Uespi (ADCESP) apontou que mais de 50 cursos estão irregulares por não possuir número mínimo de cinco professores, exigido pelo Conselho Estadual de Educação.
A grande dúvida gerada foi também em relação aos cursos que tiveram reconhecimento denegado pelo Conselho. Em nota enviada à imprensa nesta terça, a Pró-reitoria de Ensino de Graduação da Uespi informou que está autorizada a conceder grau aos alunos matriculados.
Ainda na nota a Administração Superior da UESPI diz que não tem intenção de fechar cursos de graduação. "Contudo, reconhece que, sem autonomia, depende da ação do Governo do Estado para suprir a falta de professores mediante concurso público.
Esclarece ainda que nos dados apresentados na matéria, divulgados pelo Ministério Público, o demonstrativo de "Cargos efetivos ocupados" refere-se, na verdade, ao quadro "Cargos Efetivos Vagos'"
NOVA AUDIÊNCIA
Após a audiência realizada ontem, sem a presença de representante da Secretaria de Administração do Estado, o Ministério Público decidiu convocar um novo encontro para debater a situação da universidade. “Se não houver acordo, o Ministério Público poderá adotar três medidas: propor Ação por Ato de Improbidade Administrativa em razão da contratação de professores temporários; suspender a oferta de vagas para os cursos em situação irregular e ainda solicitar o fechamento destes cursos”, observa o promotor de Justiça Fernando Santos, que acompanha o caso.
Fonte:180graus