Terminou em bate-boca a reunião entre os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) com o reitor da instituição, Nouga Batista, e o secretário de Administração, Franzé Silva. A reunião, que teve início por volta das 17h, aconteceu na reitoria do campus Pirajá e teve que ser encerrada antes do tempo após Franzé abandonar o local alegando ter sido chamado de palhaço.
"Sentamos novamente com o movimento em greve, coisa que o governador não autoriza, apresentamos novamente quais são as possibilidade de avanço e ele disse que o governo é palhaço. Então, nesse sentido, está claro a situação política desse movimento contra a Uespi, contra os pais de família que mantém seus filhos com muita dificuldade fora de seus municípios e acreditamos que o governador irá tomar as medidas cabíveis para pode colocar a Uespi em funcionamento", afirmou, se referindo a Sergiano Araújo, diretor de assuntos políticos da associação dos docentes da UESPI.
O secretário disse que o movimento é político e que vai levar ao governador o resultado da reunião. "Esse movimento é político e partidário. Não iremos de forma nenhuma mais sentar com eles enquanto isso for a tônica da discussão. Queremos agir com responsabilidade dentro do equilíbrio financeiro que o Estado precisa e respeitando os piauienses. Não dá para, a cada momento, se sentar a mesa, apresentar propostas diferenciadas que o Estado não tem condições de avançar. Vou levar ao governador o resultado dessa reunião e ele vai tomar as medidas cabíveis", desabafou.
Sergiano respondeu afirmando que Franzé não negocia e que as propostas do governo são inócuas. "Ele não negocia. As propostas são inócuas. O governador não recua um milímetro, então a greve vai continuar. O governo pode recorrer dos mecanismos que achar de direito, nós também podemos", disse.
Em greve há um mês, o governo, que já havia sinalizado negociação, como dividir as promoções e progressões, anteriormente proposta em três parcelas, em duas, a serem realizadas em junho e outubro deste ano, para os professores. Para os técnicos, o pagamento seria concluído em junho, sem a necessidade de parcelamento. Para os alunos, o Governo sinalizou investimentos no montante de R$ 15 milhões, a serem aplicados em projetos apresentados pela própria comunidade acadêmica.
Fonte:Lucas Marreiros/Cidadeverde