A assembleia de professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual do Piauí encerrou no final da manhã desta quarta-feira (01) com decisões diferentes. Enquanto os docentes mantiveram a greve, os técnicos decidiram encerrá-la. Estudantes também apoiaram o movimento e participaram da assembleia. Pela primeira vez, em 30 anos, técnicos, docentes e discentes se uniram em uma greve.
Os professores decidiram manter os protestos porque avaliam que não conseguiram chegar a um patamar razoável nas reivindicações. Segundo a diretora de assuntos financeiros da Associação de Docentes da Uespi, Janete Ribeiro, o governo não negociou a autonomia financeira e gestão de orçamento da Universidade e nem tratou sobre a campanha salarial de 2016.
Os professores ainda reivindicam o pagamento das progressões, promoções e mudanças de nível em única parcela. A proposta do governo é parcelar o pagamento nos meses de junho e outubro.
O pagamento do retroativo e o lançamento do edital do concurso público também não foi negociado como os professores queriam. “O secretário de Administração, Franzé, colocou condicionamentos que podem levar pelo menos um ano”, destacou Janete.
Por outro lado, a categoria conseguiu tirar a Uespi da lei de enquadramento, que impedia a progressão de carreira de acordo com a qualificação. Também conseguiu a ampla participação da comunidade para definir o investimento de R$ 25 milhões este ano e de R$ 15 milhões em 2017. Para os estudantes, está garantida a atualização do pagamento das bolsas, com fixação de data mensal para pagamentos seguintes.
Os técnicos administrativos receberão o valor referente ao enquadramento em única parcela, no mês de junho. Eles voltam ao trabalho, mas permanecem em estado de greve até julho, prazo em que deverá ser encaminhado à Alepi o projeto de lei com o plano de cargos e salários.
Segundo Leda Mesquita, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Uespi, a categoria saiu vitoriosa. "Se em julho ele não encaminhar a nossa minuta à Alepi, fazemos greve de novo e isso vai prejudicar as matrículas", alerta a sindicalista.
Fonte:Portal O Dia