Do UOL, no Rio de Janeiro
A medalha de ouro conquistada pelo futebol masculino neste sábado (20) fez o Brasil quebrar recorde: a Rio-2016 é a edição olímpica em que o país subiu mais vezes ao topo do pódio na história dos Jogos. Foram seis vezes, e a marca anterior, de Atenas-2004, era de cinco títulos.
Além da seleção do técnico Micale e do capitão Neymar, a judoca Rafaela Silva, o pugilista Robson Conceição, o saltador Thiago Braz, a dupla de vôlei de praia Alison e Bruno Schmidt e a dupla de velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze também levaram ouros no Rio.
A atual edição olímpica, ademais, agora é oficialmente a que o Brasil mais conquistou medalhas, também considerando pratas e bronzes – são 17 conquistas, o mesmo que em Londres-2012. Vale lembrar: o vôlei de quadra masculino está na final, a ser disputada na tarde do próximo domingo (20), e tem medalha garantida. O número chegará a 18, portanto, e a marca será superada.
A sede bater desempenho da edição anteriores não é novidade. Na história, o contrário aconteceu apenas três vezes: EUA (101 medalhas em Atlanta-1996 contra 108 de Barcelona-1992), Finlândia (24 em Londres-1948 e 22 em Helsinque-1952) e França (42 na Antuérpia-1920 e 41 em Paris-1924).
A “fórmula do sucesso” para o Brasil o aumento de modalidades em que seus representantes subiram no pódio. Pela primeira vez, o número de esportes com medalhistas olímpicos chegou aos dois dígitos.
O futebol masculino foi o décimo esporte a “medalhar” no Rio: antes, canoagem de velocidade (com Isaquias Queiroz e Eron), atletismo (Thiago Braz), vôlei de praia (Alison/Bruno e Agatha/Bárbara), boxe (Róbson Conceição), ginástica (Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory), judô (Rafaela Silva, Rafael Silva e Mayra Aguiar), maratona aquática (Poliana Okimoto), vela (Martine Grael e Kahena Kunze) e tiro (Felipe Wu) foram ao pódio. Com o vôlei masculino de Bernardinho, chegará a 11.
Quando o Comitê Olímpico do Brasil (COB) fizer o balanço dos Jogos, as quebras de recorde deverão ser comemoradas. Deve-se lembrar, no entanto, que a meta estipulada pelo próprio comitê dificilmente será batida. A ideia era ficar entre os 10 do quadro de medalhas por total de medalhas.
Neste momento, o país é o 15º na soma de pódios. E só conseguirá entrar no top 10 se ganhar medalha em praticamente todas as modalidades que disputar neste sábado e domingo. São disputas no taekwondo, 4x400 m no atletismo e na maratona.