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Grávida sem saber, mulher sente dor e marido leva susto: 'bebê caiu no chão'

Patrícia Nogueira estava dentro de casa quando a criança nasceu

31/08/2016 | Edivan Araujo
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As dores na barriga anunciavam a chegada do segundo filho, mas Patrícia Maria da Silva Oliveira, de 37 anos, não sabia que estava grávida e se assustou ao ouvir o marido dizer: "o bebê caiu no chão". O parto aconteceu na madrugada da última sexta-feira (26) dentro de casa, no bairro Codin, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Mãe e filho passam bem e tiveram alta na segunda-feira (29).

Sentindo dores desde abril, a cobradora de ônibus afirma que foi diagnosticada com hérnia umbilical e não imaginava que pudesse estar grávida. Ao sentir dores, começou a se preparar para ser levada ao pronto-socorro pelo marido, mas conta que tudo foi bem rápido e nem deu tempo de sair de casa.

“Cheguei do serviço umas nove e meia da noite sentindo dor, tomei remédio, deitei e fui dormir, mas a dor só aumentava e meu marido disse que ia me levar na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Eu estava em pé porque ele disse que ia pegar o carro, eu vesti o vestido para gente ir pra UPA e aí o sangue desceu e a bolsa rompeu com tudo", explica Patrícia ao G1.

O pai disse que levou um susto quando viu o bebê cair de cabeça no chão, mas que depois ficou tudo bem.

“Foi um susto! Ele nem precisou levar uma palmada para chorar, ele já chorou por conta da cabeçada. Bateu a cabeça e logo chorou. Foi a mão de Deus mesmo, quando tem que acontecer acontece”, conta o pai Agrimaldo Nogueira.

Com o filho nos braços
A primeira atitude de Agrimaldo foi levar o bebê para o posto policial mais próximo de casa, um trailer da Polícia Militar, onde os agentes entraram em contato com o Samu, que prestou os primeiros socorros da mãe e do filho.

Eles foram levados para o Hospital Plantadores de Cana (HPC), onde ficaram sob avaliação até esta segunda-feira (29).

Jhonata Oliveira Nogueira nasceu com 3,070kg e 48 centímetros. Patrícia disse que, apesar dele ter batido com a cabeça no piso da casa, não sofreu nenhum ferimento grave, conforme a avaliação médica.

Solidariedade
Como os pais não sabiam da gravidez, não compraram roupas nem fraldas para o bebê, mas a solidariedade tomou conta dos amigos de trabalho de Patrícia.

"Graças a Deus que o pessoal do meu trabalho vai comprar as coisinhas e levar para mim", comemora Patrícia, que já tem um filho de 8 anos.

O Hospital Plantadores de Cana informou ao G1 que não foi possível avaliar com quantas semanas o bebê nasceu, já que a mãe não teve nenhum tipo de acompanhamento.

A obstetra Vera Fonseca, responsável pela Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), explicou que foi um trabalho de parto normal, sem anomalias.

"Ela sentiu as contrações e entrou em trabalho de parto de forma rápida. Foi um trabalho de parto normal sonhado por todas as mulheres e por nós obstetras", ressaltou a médica.

Diagnóstico de hérnia umbilical
Patrícia afirmou que, desde abril, estava sentindo fortes dores na barriga e foi na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Campos, que recebeu o  diagnoóstico de hérnia umbilical.

“Ele (médico) falou pra mim, procura um cirurgião geral porque você tem que fazer cirurgia porque a hérnia está grande”, ressaltou Patrícia afirmando que só conseguiu agendar os exames após dois meses do primeiro atendimento. Ela afirma que foram feitos exames de sangue, raio-x e um eletrocardiograma, mas que somente o eletro ficou pronto antes de Jhonata nascer.

“Eu peguei só o eletro, o (exame) sangue estava marcado para pegar dia 23 de setembro e o raio-x ainda não estava pronto, não deu tempo”, afirmou Patrícia.

Patrícia também estava com o ciclo menstrual interrompido, mas segundo ela, o médico disse que se tratava de um problema hormonal por conta da tireoide.

Em nota, a UPA esclareceu que Patrícia "foi acolhida na unidade com queixas de dor no estômago. A paciente foi atendida e orientada a procurar um especialista, para dar continuidade à avaliação. A coordenação esclarece que em nenhum momento a paciente relatou parada do seu ciclo menstrual". A nota, a UPA esclareceu ainda que as unidades realizam atendimento de casos de baixa e média complexidades, em clínica médica e pediatria, e não há outras especialidades médicas.

Fonte: Portal Az

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