A nota de cada escola no Enem é produto da média de seus alunos no exame. Feito o balanço, 5 642 colégios de um total de 15 000 – ou 38% — não cravaram o patamar mínimo estabelecido pelo Inep, o órgão ligado ao Ministério da Educação responsável pelo Enem. Repare que este patamar mínimo é mínimo mesmo: 450 pontos em cada uma das quatro provas objetivas e 500 na redação (as boas escolas ultrapassam os 700).
O pior desempenho, como de hábito, foi em matemática. Depois vem a redação. Um dado chama a atenção nesta prova que tem peso tão decisivo para a nota final: apenas 104 jovens chegaram a nota máxima – 10.
Os péssimos resultados têm ligação direta com a falência do ensino médio. O formato atual, com treze disciplinas obrigatórias espremidas em um turno de quatro horas, torna a escola pouco atrativa, maçante, uma fábrica de maus alunos. No mês passado, o MEC baixou uma Medida Provisória que determina uma reviravolta neste modelo. Uma das mudanças mais relevantes é a flexibilização de uma parte do tempo no colégio: o aluno poderá escolher disciplinas de seu interesse e até o curso técnico. Falta agora submeter a MP ao Congresso.
(Com informações da VEJA.com)