Um espetáculo canarinho. Nesta quinta-feira (10), num Mineirão pulsante, o Brasil fez 3 a 0 sobre a Argentina com direito a "olé" pela 11ª rodada das Eliminatórias da Copa da Rússia. Philippe Coutinho, com golaço, Neymar e Paulinho definiram a vitória da seleção brasileira, que segue na liderança da competição, com 24 pontos.
No retorno da seleção brasileira ao palco do maior vexame de sua história, 7 a 1 para a Alemanha, foi a Argentina que viu fantasma. Com a derrota, a seleção albiceleste permanece com 16 pontos, na sexta posição das Eliminatórias, fora até mesmo da zona de repescagem para a Rússia.
O clássico no Mineirão também ficou marcado, além do show de bola, pela bela festa da torcida mineira, que não parou de alfinetar Messi e Maradona com cantos provocativos.
Em 1º tempo truncado, Coutinho, Jesus e Neymar decidem
Com dez minutos, Brasil x Argentina no Mineirão tinha oito faltas marcadas. Jogo tenso, brigado, muito disputado no meio de campo. Com início de primeiro tempo irregular, as duas equipes tiveram dificuldades para criar oportunidades e levar perigo à meta rival. A primeira boa chance de gol veio em chute de fora da área de Biglia, que parou em ótima defesa de Alison. Logo depois, no entanto, quem chegou foi o Brasil – e para abrir o placar.
Escalado pela meia direita, Philippe Coutinho inverteu de lado, confundiu a marcação argentina e marcou um golaço. Arrancou da meia esquerda, cortou para o meio e fuzilou no ângulo. Após Coutinho desafogar o clássico, Neymar ampliou para o Brasil em grande jogada de Gabriel Jesus, que estava apagado até então no jogo. O atacante do Palmeiras recebeu de costas, girou sobre Zabaleta e enfiou bola perfeita para Neymar – que só deslocou Romero.
'O campeão voltou'
"Ohhh, o campeão voltou, o campeão voltou, o campeão voltou..." Assim a torcida embalou a seleção brasileira no segundo tempo de show no Mineirão. Coma vantagem de 2 a 0 no placar, Tite chamou Bauza para o jogo. O treinador tirou o meia Pérez e lançou o atacante Agüero. Deu espaços e o Brasil passeou. Primeiro, Paulinho driblou o goleiro, mas teve chute cortado em cima da linha.
Na segunda chance não teve jeito. Ele aproveitou bola cruzada na área por Renato Augusto e completou as redes, para levar à loucura Tite – que saiu do banco de reservas e foi abraçar os jogadores. A partir daí, foi um show no Mineirão com direito a olé e festival de dribles de Neymar. Se não tivesse desperdiçado pelo menos duas boas chances, com Jesus e Firmino, o Brasil ainda poderia ter aplicado um goleada história no Mineirão, mas parou no 3 a 0.
Messi amarela Fernandinho com chapéus...
Dois chapéus em cinco minutos de jogo. Foi o suficiente para Lionel Messi amarelar Fernandinho, velho conhecido dos confrontos entre Barcelona e Manchester City. O brasileiro costuma sofrer com o talento do argentino nas partidas pelo futebol europeu. Os dois, inclusive, já chegaram a se estranhar em campo no Velho Continente. Após uma das faltas sofridas, aliás, Messi ficou caído no chão e com a boca sangrando. Ainda no primeiro tempo, com medo da expulsão de Fernandinho, Tite colocou Paulinho para perseguir "La Pulga", invertendo-o de lado com Renato Augusto - alteração tática que se mostrou decisiva na partida.
... e pede pênalti de Neymar
Quando o Brasil vencia a partida por 1 a 0, Messi sofreu falta de Miranda na entrada da área. O próprio argentino cobrou a falta, buscando o canto do goleiro Alison, mas a bola ficou na barreira. Mais especificamente, no braço de Neymar, que estava colado ao corpo. Polêmica! O camisa 10 argentino pediu pênalti do companheiro de Barcelona, mas o juiz ignorou. Segue o jogo!
Amigos, amigos, negócios à parte
Antes do clássico no Mineirão, Messi e Neymar se abraçaram e beijaram com carinho na entrada de campo. Logo que o jogo começou, no entanto, deixaram as carícias de lado. Num lance com poucos minutos de jogo, o argentino perseguiu o brasileiro por alguns metros com marcação dura no setor defensivo da seleção argentina. Mas apesar do bom início de Messi, quem brilhou foi Neymar. Além de fazer o segundo gol e participar taticamente do primeiro, Neymar regeu a orquestra no espetáculo.
Fonte: UOL