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Dupla invade lotérica e faz reféns por 6 horas; um morre e outro é preso

"Durante a negociação, eles pediram um carro, queriam sair com os reféns de lá. Mas isso era algo que não podíamos permitir, não era uma condição possível de ser atendida", contou o comandante.

07/01/2017 | Edivan Araujo
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Um homem morreu e outro foi preso após fazerem reféns em uma agência lotérica na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. O comandante do 2º BPM da cidade, coronel Adriano Lucena, foram seis horas de negociação com a dupla, que tentou assaltar a agência. Um deles foi morto em troca de tiros com a polícia. 

O coronel relatou ao Cidadeverde.com que a dupla chegou à lotérica por volta das 19h40 de ontem (6), para fazer um assalto. Contudo, não conseguiram deixar o estabelecimento. Rapidamente, a polícia foi acionada e cercou o local. 

Ao perceberem que não teriam como sair, a dupla fez cinco reféns, sendo dois homens e três mulheres. Os dois estavam armados com revólveres. 

"Durante a negociação, eles pediram um carro, queriam sair com os reféns de lá. Mas isso era algo que não podíamos permitir, não era uma condição possível de ser atendida", contou o comandante. 

Ele disse que tentou convencer os dois a liberarem os reféns e, depois, se entregarem. Eles liberaram dois dos reféns, que não estavam feridos, e continuaram a negociação. Contudo, os dois suspeitos saíram da lotérica fazendo os últimos reféns como escudos. 

"Eles atiraram contra a polícia e houve um revide, quando um deles foi atingido na cabeça, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao hospital, mas morreu lá", disse.
Cerca de 15 minutos depois, o último suspeito liberou os reféns e se entregou à polícia. O repórter correspondente da TV Cidade Verde, Darival Junior, gravou o momento em que o suspeito deixa o estabelecimento. A população tentou linchá-lo, sob os gritos de "Vai morrer!". A polícia conseguiu impedir a ação violenta dos presentes. 

"Foi uma verdadeira operação em conjunto, um trabalho de equipe. Não só a PM, mas todos os órgãos envolvidos foram altamente profissionais. Os bombeiros, a perícia criminal, a força tática, os policiais de área. Todos tivemos uma unidade de comando respeitada. Estávamos conscientes do que tínhamos que fazer e conseguimos liberar os reféns sem ferimentos", declarou.

Fonte: Cidade Verde

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