A edição de 2017 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai contar com um novo recurso para auxiliar candidatos com surdez ou deficiência auditiva durantes as provas. Os participantes poderão fazer a prova com a ajuda de videolibras.
O recurso, ainda é experimental, vai permitir aos participantes resolverem a prova com apoio de um vídeo, que apresenta as questões traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Serão até 20 alunos por sala.
Os inscritos com surdez ou deficiência auditiva também poderão optar por dois recursos tradicionalmente oferecidos, o tradutor-intérprete de libras e a leitura labial.
Quem optar pelo tradutor-intérprete terá orientação de profissional capacitado para dúvidas específicas de compreensão da língua portuguesa escrita, sem fazer a tradução integral da prova. O participante que solicitar esse recurso fará as provas em salas com até seis pessoas e com dois tradutores.
No recurso de leitura labial, o participante conta com o auxílio de profissional capacitado em comunicação oral de pessoas com deficiência auditiva ou surdas, e preparado para usar técnicas de interpretação e leitura dos movimentos labiais. Esses profissionais também atuam em dupla em salas para até seis participantes.
Inscrição
Os recursos deverão ser escolhidos no ato da inscrição. É preciso anexar laudo médico que comprove a deficiência auditiva ou surdez. Esse participante também tem direito a uma hora adicional para realização da prova, desde que solicite o benefício também no ato da inscrição.
Até a edição passada, era possível fazer esse pedido durante a prova, o que não será mais aceito. No ano passado, 7.131 deficientes auditivos e 2.290 surdos fizeram o exame. Juntos, eles representaram 0,1% do total de inscritos. O recurso de tradutor-intérprete de libras foi solicitado por 3.562 participantes e o de leitura labial, por 1.624.
Atendimentos
O atendimento especializado também contempla participantes com autismo, baixa visão, cegueira, deficiência física, deficiência intelectual, déficit de atenção, discalculia, dislexia, surdocegueira e visão monocular. Dentro de uma política de inclusão, o Inep também oferece atendimento específico para gestantes, lactantes, idosos, estudantes em classe hospitalar.
Há ainda a opção de tratamento pelo nome social para transexuais e travestis. Atualmente são oferecidos os recursos de guia-intérprete, tradutor-intérprete de libras, prova ampliada, prova em braile, prova super ampliada, auxílio para leitura e auxílio para transcrição, entre vários outros mecanismos para promover a acessibilidade.
No Enem 2016, 101.896 participantes solicitaram atendimento específico e 68.907, atendimento especializado. Recursos de atendimento foram demandados por 18.306 participantes.
(Com informações do Portal Brasil)