As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior causa de mortalidade em todo mundo. Na distribuição global das causas de morte, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), elas apresentam a maior incidência, sobrepondo o câncer de pulmão e mama, traumas por acidentes de trânsito e até AIDS. Levando em consideração essa estatística, foi comemorado no último sábado (12), o Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita.
Para o cardiologista Ricardo Loureiro, essa data é extremamente importante por conscientizar a população da existência, relevância e modo de prevenir os fatores que colaboram para o desenvolvimento de arritmias cardíacas e da morte súbita. ?Apesar do grande número de vítimas todos os anos, a morte súbita ainda necessita ser mais bem divulgada no Brasil. Trata-se de uma questão de saúde pública que merece atenção permanente, uma vez que essa doença pode acometer qualquer pessoa, mesmo as saudáveis, sem histórico de doença no coração, independentemente do sexo e idade?, explica o médico.
Existem diferentes tipos de arritmias: a taquicardia (o coração bate rápido), a bradicardia (o coração bate devagar) e a fibrilação atrial (o coração bate com irregularidade e descompassado). De acordo com o especialista, pacientes que sofrem com arritmias podem apresentar sintomas como cansaço, palpitações ou "batedeiras", desmaios, pressão baixa, dores no peito, fraqueza e tonturas.
"Apesar de alguns sintomas sinalizarem para a doença, ela também pode se apresentar de forma assintomática, por isso, grande parte da população desconhece seus riscos. As arritmias podem levar à morte súbita, e o exemplo clássico disso acontece com jogadores de futebol - geralmente muito jovens e saudáveis - que morrem durante treinos ou partidas. Portanto, é muito importante nunca desvalorizar os sinais e sintomas e ficar atento também para o histórico familiar de morte súbita. Mas, é evidente que o tratamento e a prevenção de doenças do coração é a melhor forma de evitar as arritmias cardíacas", destaca Loureiro.
O médico lembra que hábitos simples do dia a dia podem contribuir para uma boa saúde do coração. "É necessário ter cuidados com a alimentação. A prática regular de exercícios físicos também é importante, já que a atividade física beneficia o controle da pressão arterial, do colesterol e também da glicose. Todas as pessoas, mesmo aquelas que se sentem absolutamente saudáveis, devem visitar o consultório médico com regularidade, pelo menos uma vez por ano, e fazer exames indicativo de alterações cardíacas", enfatiza.
Fonte: portal da clube
