Trânsito na avenida Getúlio Vargas em Picos
A cidade de Picos está entre as mais violentas do nordeste quando se refere ao trânsito. Ela ocupa a 12ª posição no geral. Esses dados preocupam o corpo de bombeiros de Picos que nos últimos anos vem trabalhando no resgate a vítimas de acidente.
Segundo a tenente Ana Cleia Diniz, em Picos o maior problema são pessoas pilotando motocicleta bêbadas e sem capacete. Para Ana Cleia as pessoas brincam com a sua vida e a vida das pessoas. O segundo problema que a tenente aponta, é a falta da carteira de habilitação. “As pessoas costumam dizer que para se adquirir uma CNH é muito caro, que o DETRAN não funciona e que as auto-escolas cobram taxas abusivas, no entanto, o preço de um veículo não é tão barato assim e todo mundo compra. Então, antes de comprar um veículo as pessoas precisam se habilitar”, frisou.
Tenente Ana Cléia relata ocorrência de acidente.
Com o título de ‘a 12ª com o trânsito mais violento do nordeste’, a preocupação dobrou quanto às medidas para se evitar acidentes, principalmente com vítimas fatais. “Esse resultado é gritante para o número de habitantes de Picos. Na cidade todo mundo anda de moto sem a preocupação com a segurança. São motos que chegam a transportar até cinco pessoas, beirando o absurdo. Moto é para duas pessoas, criança não é para está em cima de uma moto”,finalizou.
Ilza Amorim
Piauí com o trânsito mais violento do Brasil
Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Transportes da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, mostra que o trânsito é mais violento nos estados mais pobres do Brasil. Segundo a pesquisa, Piauí é o estado com o trânsito mais perigoso.
O trabalho, coordenado pelo professor Coca Ferraz, do Núcleo de Estudos de Segurança do Trânsito (Nest), apresenta um índice de mortes por bilhão de quilômetros rodados nos estados brasileiros durante o ano de 2008. Naquele ano, o estado nordestino registrou uma média de 147,38 mortes por bilhão de quilômetro percorrido. A média nacional é de 57,72 mortes. (Veja infográfico com os números de cada estado).
De acordo com Ferraz, o resultado do estudo mostrou que, nos estados mais pobres, os investimentos em infraestrutura, notadamente em estradas, rodovias e vias do perímetro urbano tendem a ser menores. “A prioridade nestas regiões é suprir as necessidades mais básicas da população, como educação, saúde, moradia e saneamento. Desse modo, investimentos em educação no trânsito, conservação das vias e fiscalização, acaba sendo menor.”
Especialistas dizem ainda que os estados com menor renda per capita tendem a ter uma maior concentração de motos em relação ao número de carros, já que elas têm um custo menor. Este fato também ajuda a explicar o maior número de acidentes fatais, já que a exposição do condutor em um acidente de moto geralmente é maior do que em um de carro.
Para chegar a este número, o professor da USP usou dados de mortalidade nas estradas do país, fornecidos pelo Ministério da Saúde, e informações do consumo de combustível divulgadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Entre os 10 estados com o trânsito mais violento, sete são da região Nordeste, dois do Norte, e um do Sudeste (Espírito Santo, com 84,95 mortes por bilhão de quilômetro rodado). São Paulo tem o trânsito mais seguro do Brasil, com 37,50 mortes por bilhão de quilômetro percorrido. Veja nas imagens ao lado quais são os 10 estados com o trânsito mais violento.
Fonte: riachaonet