Por Jailson Dias
Na tarde da terça-feira, 24, estudantes e professores da Unidade Escolar Miguel Lidiano, localizada no bairro Junco, realizaram uma manifestação contra a obra de reforma da escola, que se encontra paralisada e sem perspectiva de conclusão. A reforma teve início no ano de 2013, desde então os trabalhos foram paralisados, retomados e mais uma vez abandonados. Enquanto isso, a comunidade escolar já foi deslocada para dois prédios diferentes, funcionando atualmente em situação precária na antiga sede da Uespi.
Segundo a professora Lourdes Santos a manifestação da terça-feira está dentro do projeto de comemoração do aniversário da escola, que nesse ano foi intitulado “SOS Miguel Lidiano: hora de tornar o sonho realidade”. Dentre os objetivos estão os de chamar a atenção da população para a situação da escola e, principalmente, das autoridades para que tomem providências.
Durante a manifestação, alunos e professores saíram da Uespi, onde a escola está funcionando e, portando faixas e cartazes, se dirigiram até o prédio fechado da Unidade Escolar Miguel Lidiano, cuja obra está abandonada e depredada. Lá, promoveram um ato com várias falas. Contando com o apoio de um carro de som, por diversas vezes os manifestantes leram o histórico da escola, fundada há 50 anos.
Professora Lourdes
Eles fizeram ainda uma concentração na Praça Dirceu Arcoverde e retornaram para o antigo prédio da Uespi. Ao longo de toda a passeata, a comunidade escolar contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e dos guardas da Secretaria de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana (STTRAM). Os Estudantes da Unidade Escolar Mário Martins também apoiaram o movimento.
A diretora da escola, Islândia Cleide de Sousa Araújo, destacou o objetivo da manifestação de sensibilizar as autoridades para a continuidade da reforma, uma vez que os alunos, professores e demais servidores tem de promover a educação em uma situação bastante difícil. “Estamos promovendo a educação em um corredor de dez salas”, informou.
Diretora Islândia
O aluno do 2° ano do Ensino Médio do Miguel Lidiano, Fábio Ezequias, estuda nessa unidade escolar há três anos, e não teve o prazer de assistir as aulas no prédio da escola. Quando ingressou no Miguel Lidiano, este já funcionava no Centro de Convivência do bairro Pedrinhas, depois foi transferido para as dependências da antiga Uespi.
“É uma indignação, pois é uma escola que tem uma história junto com a cidade e muitos estudaram aí e esse descaso nos deixa indignados; queremos a reforma”, frisou.
Fábio Ezequias
Os alunos tiveram de desocupar a escola em 2012. A reforma teve início em 2013, quando o governador do Piauí era Wilson Martins (PSB) e o secretário de Educação era o deputado federal Átila Lira (Progressistas). Em 2015 Wellington Dias reassumiu o Governo do Estado, tendo a sua esposa, a deputada federal Rejane Dias (PT), na chefia da Educação. Mas as coisas não andaram e os estudantes continuam assistindo aula precariamente em outros prédios.
Fonte: Folhaatual