Matéria / Polícia

Operação SEGOR pode ter prendido fotojornalista por engano

10/02/2012 |
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A Operação Segor (da Polícia Civil do Piauí) que nesta quinta-feira (09 de fevereiro) prendeu 16 pessoas em Picos, região do Sertão Sul, e na capital do Piauí, pode ter cometido um equívoco, com a prisão, supostamente por engano, do fotojornalista Joel Marques Cardoso.

A ação, que foi cinematográfica, visava desarticular esquema de tráfico de drogas, roubo de cargas, pistolagem e venda de medicamentos. Na Operação um fato chamou a atenção da população de Picos: a prisão do fotojornalista JOEL MARQUES CARDOSO: um homem conhecido como pacato coordenador de grupos religiosos, estudante universitário do último período do curso de Jornalismo e que deixou perplexa a grande maioria dos picoenses.

Núbia Cristina Guimarães, esposa do vereador Antonio Afonso (PP) e vizinha de Joel Marques Cardoso há 17 anos, disse não ter duvidas de que houve um equívoco na ação policial. Em entrevista a imprenssa concedida na residência de Joel, ela afirmou  que houve um equivoco em decorrência do mesmo ter perdido o celular e não ter dado baixa e nem ter registrado o B.O. e alguém estava usando o aparelho para tratar de coisas erradas.

“Ninguém entende porque ele está preso, é um rapaz bom, de boa procedência, só se realciona com pessoas boas. É fotógrafo, desde solteiro e tem o sonho de montar o próprio estúdio de fotografia. Ele vive nessa casa há 12 anos, pagando aluguél. Ele não possui bens a cima do seu rendimento. Joel é casado há 20 anos e tem dois filhos, uma adolescente de 17 anos e um jovem de 19”, declarou Núbia Cristina.

Os advogados Agrimar Rodrigues e Daniel Rêgo que estão acompanhando o caso confirmaram o equivoco e esclarecem que as gravações do celular grampeado pela polícia não são de Joel e sim de Maycon uma pessoa que já tem passagem pela polícia e que certamente estava utilizando o telefone de Joel Marques Cardoso que havia perdido o aparelho já há algum tempo.

“Como o aparelho está cadastrado no nome de Joel Marques Cardoso, ao entrar na escuta telefônica, a polícia interpretou que Maycon e Joel era a mesma pessoa, quando na realidade não é, e acabaram cometendo esse grave equivoco”, disse o advogado.

O advogado já solicitou perícia técnica das gravações para provar que foi um grave equivoco cometido, pois Joel e Maycon são pessoas distintas de identidades diferentes e não se trata da mesma pessoa, como pensa polícia. O resultado da perícia deve sair em 03 dias.

Outro fato verificado na Operação Segor foi a entrada por engano na residência de um advogado de Picos. Confundiram a casa dele com a de um acusado (vizinho).

Núbia Cristina

 

Fonte: riachaonet

Em entrevista, Núblia Cristina Guimarães acredita em equívoco.

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