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Floriano: decreto proíbe venda de bebida alcoólica a partir de hoje

O decreto determina que nos dias 22/08 (sábado); 23/08 (domingo); 29/08 (sábado) e 30/08 (domingo)

21/08/2020 | Edivan Araujo
Proibida a venda de bebidas alcoólicas / Foto: Prefeitura de Floriano

O prefeito de Floriano, Joel Rodrigues da Silva, assinou, no início da noite quinta-feira (20), o Decreto Municipal Nº 092, que estende o lockdown parcial por mais dois fins de semana de agosto e proíbe a venda de bebida alcoólica por dez dias seguidos na cidade. A "Lei Seca" começa a valer nesta sexta-feira (21). 

O decreto determina que nos dias 22/08 (sábado); 23/08 (domingo); 29/08 (sábado) e 30/08 (domingo), somente poderão funcionar: farmácias; pontos de alimentação localizados às margens das rodovias; serviços de saúde; imprensa; autoatendimento bancário; postos de combustíveis localizados às margens de rodovias, com exceção de suas respectivas lojas de conveniências; e serviço de delivery exclusivo para alimentos.

No artigo 2 do decreto a prefeitura  determina que, no período de 21 a 30 de agosto, fica suspensa a comercialização de bebidas alcoólicas, inclusive via aplicativos de internet ou contato telefônico, para entrega no sistema delivery de qualquer natureza, em todos os estabelecimentos comerciais. 

Nos locais que comercializam produtos diversos, todas as seções e departamentos de bebidas alcoólicas deverão ser lacrados, sendo proibida, inclusive, a comercialização. Os locais que comercializam exclusivamente bebidas alcoólicas deverão permanecer fechados.

A prefeitura vai fiscalizar o cumprimentos das medidas e avisa que o descumprimento do decreto prevê multas que variam R$3.530,00 a 35.300. 

Havendo reincidência, além da multa, o infrator poderá ter a decretação da interdição total do estabelecimento, além da cassação do alvará de funcionamento.

O secretário de Governo de Floriano, Bento Viana, admitiu que as medidas são rígidas, mas necessárias, considerando o alto índice de transmissibilidade do coronavírus e o aumento do número de casos.

Ascom/Floriano

A prefeitura analisou que em Floriano o número de casos de Covid-19 tem aumentado  pelo alto número de aglomerações e não uso de máscaras em eventos particulares, motivados pelo consumo de bebida alcóolica.

“Graças ao bom trabalho da Saúde, o controle dos infectados com medicação no tempo certo, uma Unidade de Referência, a FUNASA e a realização de exames necessários, tem sido possível evitar que os doentes tenham o agravamento da Covid e, assim, poucos chegam à internação hospitalar”, disse Bento Viana. 

O secretário alerta que a população tem relaxado nos cuidados necessários e, por isto, o número de casos está aumentando rapidamente.  "É preciso barrar esse avanço para se evitar a superlotação dos leitos hospitalares, já que Floriano atende, também a outros municípios da região", finaliza.

Alta ocupação

O diretor geral do Hospital Regional Tibério Nunes, Justino Moreira, informou ao Cidadeverde.com que dos 15 leitos de UTI Covid da unidade de saúde, 12 estão ocupados.  Quanto aos leitos clínicos, 21 dos 26 disponíveis estão com pacientes. 

O médico analisa que o crescimento dos casos impacta diretamente na lotação dos leitos. Ele cita a interiorização do coronavírus e diz que os desafios são maiores ainda para pequenos municípios da região próxima a Floriano. 

“Mesmo com o tratamento de alguns pacientes através da estratégia de Hospital-Dia, quando realizamos as medicações, mas o paciente segue para casa retornando diariamente, os leitos permanecem lotados devido ao grande número de casos novos em Floriano e região. Temos nesse momento o fenômeno da interiorização da doença no Piauí. Os desafios são enormes para pequenos municípios já que, para terem acesso a leitos hospitalares covid precisam ter médicos nos seus hospitais para efetuarem as regulações dos pacientes com sintomas mais graves. Floriano possui 45 leitos cadastrados pelo sistema de regulação do Estado entre uti e clínicos,  mas percebemos vários pacientes chegando ao HRTN sem um contato prévio através da regulação com a alegação de não possuir tais profissionais nos seus quadros”, disse o diretor.

 

Cidadeverde 

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