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A OAB-PI vai entrar com representação administrativa, ação criminal e de responsabilidade civil contra o Estado por danos materiais e morais. É uma reação da Ordem à invasão da residência do advogado Paulo Gonçalves, na madrugada de quinta-feira (10), em Picos, durante a Operação Segor. O caso é acompanhado pelas Comissões de Defesa das Prerrogativas dos Advogados da Ordem e da Subseção de Picos.
A iniciativa partiu da denúncia de que policiais civis se enganaram ao entrar na casa do advogado durante a execução de um mandado de busca e apreensão da operação. Segundo o presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas de Picos, João Deusdeth de Carvalho, cinco policiais encapuzados quebraram as portas da entrada da residência e do quarto do advogado, que dormia ao lado da esposa no momento da invasão.
“Eles acordaram assustados, sem entender o que estava acontecendo. Os policiais não anunciaram a ordem judicial e nem deram chances de explicação, mesmo com as tentativas por parte do casal”, contou Deusdeth de Carvalho. A identificação dos policiais foi solicitada ao delegado Samuel Silveira, que comandou a operação. Isso é possível a partir das placas da viatura utilizada pela equipe no momento da invasão.
Somente depois que os policiais revistaram a residência e não encontraram nada referente ao mandado de busca e apreensão, Paulo Gonçalves conseguiu se identificar como advogado. “Percebendo o equívoco, eles pediram desculpa e saíram”, relata Deusdeth de Carvalho, representante da OAB em Picos.
Para o presidente da OAB-PI, Sigifroi Moreno Filho, o constrangimento pelo qual o casal passou é injustificável. “Não podemos admitir que a polícia, no âmbito de uma operação tão séria e que precisa ser totalmente cercada de sucesso, cometa um erro de tamanha gravidade. Apoiamos as ações da polícia, mas não podemos tolerar um erro tão crasso, principalmente contra um advogado e sua família”, comentou.
Operação
A Operação Segor, deflagrada pela Polícia Civil na quinta-feira (9), prendeu 15 pessoas e sequestrou oito imóveis, um restaurante, além de quatro veículos. Os presos são acusados de tráfico de drogas, receptação de cargas roubadas e homicídios.
Fonte: *com informações da Ascom/OAB