Os professores da rede estadual de ensino público confirmaram nesta segunda-feira (27/02), logo no primeiro dia de aula, que deflagraram geral por tempo indeterminado. A paralisação se dá justamente na data que marcaria a abertura do ano letivo.
Enquanto uma parte dos professores se reúne em assembleia, desde s 7h da manhã desta segunda no Clube do Professor, zona Norte de Teresina, o secretário estadual de Educação Átila Lira faz a abertura do período letivo normalmente na Unidade Escolar Freitas Neto, localizada na Vila Bandeirante, zona Leste.
Mas uma parte dos professores, sob organização do SINTE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) e do movimento CONLUTAS, parou de trabalhar e chama mais representantes da categoria para protestar em todo o Estado. Os professores cobram um aumento de 22% nos salários com base na lei que estabelece o piso nacional da categoria. "Em 2008, entrou em vigor a Lei n° 11.738 que define um piso salarial nacional", protestou Hallysson Ferreira, do Conlutas.
Esse aumento de 22%, faz com que o professor no Piauí passe a receber, de R$ 1.722,05, agora chega a R$ 2.109,34. Ele garante que essa diferença já foi repassada pelo Ministério da Educação (MEC) através do Fundeb. Uma reunião está marcada para acontecer ainda nesta segunda-feira, entre SINTE e SEDUC. Os secretários estaduais de Fazenda e Administração, Silvano Alencar e Paulo Ivan, deverão participar. Os professores estão insatisfeitos com a proposta inicial feita pelo Governo do Estado. Átila diz que aguarda uma portaria do Ministério da Educação para que o percentual passasse a vigorar. A greve prejudica cerca de 320 mil alunos que já deveriam ter iniciado as aulas desde o dia 17 -o adiamento se deve a uma possível evasão escolar no período do Carnaval.
Fonte: 180graus