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Petrobras reduz preços do diesel e da gasolina

O preço da gasolina e do diesel será reduzido a partir de hoje nas refinarias da Petrobras

01/05/2021 | Redação
Petróbras reduz preço do diesel em 2,1% e da gasolina em 1,9% / (foto: Agência Petróbras)

O preço da gasolina e do diesel será reduzido a partir de hoje (1º) nas refinarias da Petrobras. A estatal anunciou hoje (30), no Rio de Janeiro, que o litro da gasolina passará de R$ 2,64 para R$ 2,59 (- R$ 0,06 ou -1,9%), enquanto o do diesel cairá de R$ 2,76 para R$ 2,71 (- R$ 0,05 ou -1,8%). 

O combustível vendido pelas refinarias da Petrobras é adquirido por distribuidoras e passa também pelos postos revendedores antes de ser vendido ao consumidor final. Até chegar aos veículos, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biodiesel e etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis. 

Por isso, a estatal afirma que a variação de preços nas refinarias tem influência limitada no preço encontrado pelos motoristas nos postos de revenda.

Os reajustes nos preços de diesel e gasolina são usados pela Petrobras para buscar equilíbrio com o mercado internacional, acompanhando as variações do valor global dos combustíveis e da taxa de câmbio entre o real e o dólar. 

A estatal defende que as mudanças nos preços praticados nas refinarias devem ocorrer sem periodicidade definida, acompanhando as condições de mercado e da análise do ambiente externo. Segundo a empresa, "isso possibilita competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos".

Petróbras reduz preço do diesel em 2,1% e da gasolina em 1,9%

Os cortes são anunciados na véspera do fim da isenção de impostos federais sobre o óleo diesel, que termina neste sábado (1), com potencial para elevar o preço de bomba em R$ 0,35 por litro. Apesar da pressão de caminhoneiros, o governo ainda não informou se manterá o desconto.

A partir deste sábado, segundo a Petrobras, o preço médio do diesel em suas refinarias cairá para R$ 2,71, R$ 0,06 a menos do que o vigente hoje. Já a gasolina cairá R$ 0,05, para R$ 2,59 por litro.

Os cortes ocorrem 15 dias depois das últimas mudanças de preços promovidas pela estatal – aumentos de 1,9% na gasolina e 3,7% no diesel – ainda na gestão Roberto Castello Branco, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em meio à escalada de preços do início do ano.

Em comunicado que acompanha os anúncios de reajustes, a empresa reforça que os preços que pratica “buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”.

“Os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo. Isso possibilita a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos”, diz.

A estatal destaca ainda que os preços são livres e os repasses dependem de outros elos da cadeia. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biodiesel e etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores.”

Preocupado com a insatisfação dos caminheiros com os reajustes do início do ano, Bolsonaro anunciou em fevereiro a demissão de Castello Branco e um período de isenção temporária de PIS/Cofins sobre o óleo diesel.

A medida não foi suficiente para conter a pressão e acabou sendo engolida por reajustes nas refinarias, elevações na carga tributária estadual e no preço do biodiesel e serviu mais para segurar a escalada do que para reduzir os preços cobrados nos postos.

Entre a última semana de fevereiro e a semana passada, o preço médio do combustível subiu 0,5%, para R$ 4,204. Ele já esteve mais alto nesse período, chegando a bater R$ 4,274 na semana encerrada em 20 de março, mas começou a cair nas últimas semanas acompanhando cortes nas refinarias da Petrobras.

O fim da isenção é motivo de protestos entre caminhoneiros. Para tentar acalmar a categoria, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, promoveu na semana passada encontro entre as lideranças dos motoristas e representantes da Faria Lima.
O objetivo foi aproximar a categoria do mercado financeiro, para tentar mostrar que há demandas convergentes entre os dois lados e diminuir a insegurança que existe entre investidores pelas ameaças de greve no setor.

Para a Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), o período de isenção de impostos “não foi suficiente para minimizar os prejuízos arcados pelos caminhoneiros de todo o país com os consecutivos aumentos [do início do ano]”.

Na noite de quinta (29), a entidade divulgou nota informando que foi ao Ministério da Economia pedir a prorrogação da isenção. Como contrapartida, sugere a retirada de incentivos fiscais à produção de bebidas na Zona Franca de Manaus.

“Ou seja, o Governo Federal poderia manter o benefício para os caminhoneiros do país inteiro, além de efetuarmos a justiça social, onde teremos cidadãos como prioridade em detrimento de três grandes empresas (Coca-Cola, AMBEV e Heineken)”, disse a Abrava.

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