A Universidade Estadual do Piauí realiza na manhã desta quarta-feira, dia 29, uma reunião com o Conselho Universitário para decidir a adesão da instituição aoSistema de Seleção Unificada (SiSU) e utilização do Exame Nacional do Ensino Médio como forma de ingresso. A proposta é que 100% das vagas sejam preenchidas por meio do sistema do Governo Federal.
Segundo o reitor Carlos Alberto, defensor da adesão total, caso a universidade passe a utilizar o SiSU, o Ministério da Educação vai destinar R$ 3 milhões a cada 1000 vagas ofertadas. "Isso seria para melhorar a assistência estudantil. Hoje a Uespi não tem recurso para atende", defende Carlos Alberto. Cercada de muita polêmica e objeto de manifestações de universitários e secundaristas, a decisão da Uespi sobre o Enem vem sendo protelada desde março do ano passado.
A professora Paula Brando, diretora da Secretaria de Educação Superior do Ministério, ministrou palestra na semana passada sobre o SiSU. Na ocasião, segundo Carlos Alberto, foram elucidadas algumas divergências sobre o programa. "A mobilidade dos alunos foi desmistificada. Os estudantes de outros estados não passam de 10%. Além disso, no Maranhão, 70% dos estudantes de Medicina são do Piauí. Quer dizer, os piauienses podem disputar vagas de outros estados e candidatos de outros estados não podem disputar as vagas daqui? Isso não existe", argumenta o reitor.
Segundo o professor Daniel Sólon - representante do sindicato dos docentes da Uespi e diretor regional da Associação dos Docentes do Ensino Superior (Andes) - a decisão é precipitada, pois a universidade está esvaziada. "É uma decisão importante para ser abordada no período de férias. Vamos tentar adiar a votação", disse o docente. Segundo ele, o Enem prejudica os conteúdos regionais do Piauí e não facilita a democratização. O Conselho Universitário é formado por diretores, representantes, sindicatos, pró-reitores, Conselho Estadual de Educação e estudantes.
Fonte: Portal O DIA