Criminosos armados invadiram na noite deste sábado (08), a residência do babalorixá Flávio de Iansã, localizada no bairro Mafrense, na zona Norte de Teresina. O religioso estava em uma reunião online quando pelo menos três elementos entraram e renderam as pessoas que estavam na casa. Segundo relatos, os participantes da reunião presenciaram o assalto. As informações dão conta que os criminosos estavam encapuzados.
Em entrevista ao Meionorte.com, o Capitão César, do 9 ° Batalhão de Polícia Militar (BPM), que atendeu a ocorrência, explicou que o caso ocorreu por volta das 20 horas, quando pelo menos três indivíduos pularam o muro dos fundos e invadiram a casa. Segundo o capitão, os assaltantes reviram o imóvel pedindo ouro e dinheiro e ainda colocaram uma arma na cabeça de Flávio. Na fuga, os elementos se evadiram em uma Hilux e uma motocicleta de modelo Honda Bros, pertencentes a Flávio de Iansã.
“Eu fui lá e quando cheguei ele disse que tinha uns sete minutos que havia acontecido. Três homens entraram pulando o muro dos fundos e renderam todo mundo. Viram tudo pedido ouro e levaram uma Hilux e uma Bros dele. Aconselhamos ele a fazer um boletim e procurar a delegacia da área. Pedimos as placas dos veículos e ele não soube responder, estava meio atordoado porque colocaram uma arma na cabeça dele, mas depois conseguimos os dados e a placa da Hilux já foi divulgada. Não conseguimos da moto”, informou.
História
Com uma bagagem de quase quatro décadas na Umbanda, Flávio de Iansã é hoje o babalorixá mais renomado do Piauí. De origem humilde, com uma mãe lavadeira, Flávio começou a trabalhar cedo, e descobriu seu dom aos 11 anos, quando incorporou um espírito de luz, desde então foi aos poucos entendendo a sua missão na terra, consolidando degrau a degrau uma atuação destacada em toda a região.
Nas lutas diárias, Flávio de Iansã e sua família ainda tiverem que enfrentar um despejo na casa de taipa em que moravam, a vida só começou a melhorar quando sua mãe passou a ter um pequeno açougue no Mercado Central, local em que o babalorixá também trabalhou.
Flávio de Iansã (Foto: Reprodução/ Meio Norte Mais)
Fonte: Meio Norte