Após realizarem uma assembleia geral, os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) inicaram campanha salarial e decidiram retormar a campanha SOS Uespi, que pede melhorias estruturais, bem como contratação de efetivo.
De acordo com a Associação dos Docentes da Uespi (ADCESP), os professores não descartam a realização de paralisações de advertência ou até mesmo uma greve, dentro de um mês, dependendo do avanço ou não das negociações com o governo estadual. Ainda segundo a categoria, audiências com a Secretaria Estadual de Administração e com a Secretaria de Planejamento estão sendo solicitadas para a próxima semana.
A campanha SOS Uespi, iniciada ainda no ano de 2011, requer dentre outras coisas o piso de R$ 2.323,21 para Professor Auxiliar I (Especialista, regime de 20h). O valor tem como base o Salário Mínimo (SM) necessário para custear gastos de uma família com quatro pessoas, segundo cálculo recente do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Dentre outras reivindicações, os docentes também pedem a criação de laboratórios, bibliotecas, restaurante universitário e concursos para contratação de docentes e técnicos efetivos. Além disso, a ADCESP solicitará à reitoria da Uespi documentos sobre convênios, contratos e licitações sob suspeita e acompanhamento das investigações junto ao Ministério Público Estadual.
Adesão da Uespi ao Enem/Sisu
No próximo dia 27 de março os docentes da Uespi participarão de uma audiência pública, na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), sobre a adesão ou não da entidade ao Enem/SISU,aprovada no último dia 29 de fevereiro, após uma reunião entre a reitoria e representantes do Conselho Universitário da Uespi.
Na oportunidade, foi definido que a universidade deve aderir ao sistema, mas ainda não se sabe se será de parcial ou total.
Os docentes propõem a realização de um seminário para se aprofundar a discussão sobre o tema e resolver o impasse.
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Imagem: Viviana Braga