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Hábito de ler diminue entre crianças e adolescentes, revela pesquisa

01/04/2012 |
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Segundo pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, elaborada pela Fundação Pró-Livro em parceria com o Ibope Inteligência, cada vez mais crianças e adolescentes estão lendo menos livros. O estudo do mercado dedicado a conhecer o perfil do leitor brasileiro apontou queda no índice de leitura em todas as faixas etárias citadas.

Nas crianças de 5 aos 10 anos, que compõem a primeira faixa etária, a média registrada foi de 5,4 livros por criança. Em 2007, esse percentual chegava a 6,9 livros por leitores. Entre os pré-adolescentes de 11 a 13 anos, o índice caiu de 8,5 livros em 2007 para 6,9 livros em 2011. Nos adolescentes dos 14 a 17 anos, a média também caiu de 6,6 livros para 5,9 livros (Confira o gráfico ao lado).

“Esperamos que os cenários apresentados possam contribuir para a avaliação e a implementação de políticas públicas que melhorem os índices de leitura no Brasil”, destacou a presidente do Instituto Pró-Livro, Karine Pansa.

O estudo revelou também quais os gêneros prefeitos por essas faixas etárias. Nas crianças, os livros infantis predominam no gênero preferido com 66%, seguido pelos livros didáticos (47%) e as histórias em quadrinhos (36%). Já na faixa dos 11 aos 13 anos, os livros didáticos repetem a marca de 47%, seguidos pelos infantis (34%), quadrinhos (33%) e contos (30%). Dos 14 a 17 anos, cresce a influência dos livros didáticos (55%), e aparecem os romances com 41%, contos (30%), livros de poesia (28%) e livros juvenis (26%). Entre o gênero mais presente, a Bíblia obteve a média de 24% nas faixas etárias dos mais novos e na dos mais velhos.

Para os pesquisadores, a obrigação de ler o livro por exigência da escola é a maior motivação de crianças e jovens para a leitura. O índice neste item começa em 79% para crianças de 5 a 10 anos, e cai um pouco para 72% na faixa dos 11 a 13 anos, e para 70% dos 14 aos 17 anos.

Enquanto o índice de leitura por prazer, gosto ou necessidade espontânea vai de 40% a 47% entre as crianças e jovens ouvidos na pesquisa.

Autor: Catarina Costa
Fonte: G1

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