Local da antiga casa da fazenda / Foto: AgoraED

A Secretaria Municipal de Bocaina por meio da Escola Municipal Urbano Leal, realizou na manhã desta sexta-feira (11), através do professor Francisco João de Barros (Chico Velho), uma aula extraclasse com os alunos do 8º Ano – A e B com o tema “Coluna Prestes deixa rastro e sangue em Bocaina”, que foi prepara pelo educador e que tinha como objetivo levar os estudantes a antiga casa de fazenda na localidade Boa Vista, e conhecer de perto um pouco da história.

Segundo informou o professor Chico Velho, a história começa pela passagem dos revoltosos da Coluna Prestes por Bocaina, onde deixou rastro de um morto e uma pessoa gravemente ferida no período.

Professor Francisco João de Barros (Chico Velho),

A Coluna Prestes foi um movimento liderado por Luís Carlos Prestes entre os anos de 1925 e 1927 que percorreu o interior do Brasil denunciando os desmandos do governo republicano. Os integrantes da coluna eram jovens oficiais que participaram das revoltas militares de 1922 e 1924.

Tais frentes atuaram nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, respectivamente, e tinham como objetivo principal derrubar os representantes oligarcas da República Velha, encarnados nas figuras dos presidentes Arthur Bernardes (que governou até 1926) e Washington Luís, que foi deposto pela Revolução de 1930.

De acordo com o professor e historiador, o fato se deu em 20 de janeiro de 1926, na localidade Boa Vista, quando revoltosos cercados pelas forças do governo invadiram a propriedade do fazendeiro e comerciante Cícero Gomes de Vieira, e atingiram com um tiro no braço esquerdo do seu irmão Ciro Gomes Vieira. Ao confundir as forças Legalistas, mataram um homem por nome de Arlindo, ao resistir à ação do bando de alvejou a casa principal de balas por mais de duas horas.

Segundo Chico Velho, o tiroteio na época o chamado “Fogo da Boa Vista” como chamam os moradores, ocorreu na segunda maior propriedade de Bocaina, que suas áreas possuíam açude, engenho de cana de açúcar pertencente ao homem mais rico da época, o comerciante Cícero Gomes Vieira, que também foi um dos primeiros a criar a feira livre do município, falou ele.

Durante a aula que foi realizada ao redor do antigo casaram, o professor contou que naquele dia 20 de janeiro a ação dos revoltosos durou mais de duas horas, e informou que Ciro não morreu de infecção, pois o mesmo foi levado em uma rede para a cidade de Picos a tempo de tomar medicação adequada, frisou.

Um fato curioso contado pelo professor, foi que na fuga os Revoltosos perderam uma capanga com dinheiro e ouro, que foi encontrada pela agregada Maria de Rufino, que com medo da influência negativa do achado, repassou para Cícero Gomes, que ampliou ainda mais sua fortuna, conta o educador.

O antigo casaram da fazenda ainda continua de pé, e hoje pertence aos familiares do senhor João Trajano, relatou o professor.

O educador aproveitou para agradecer a direção da escola, a secretária municipal de Educação, Simone Grangeiro e ao prefeito Erivelto Barros pelo apoio, pois a aula e a visita a antiga casa da fazenda com os alunos foram muito enriquecedoras, e são momentos como esses que marcam a vida dos alunos, falou ele.

Para a aluna Ewwllyn Lowrhany, a visita termina acrescentando ao conteúdo dado em sala de aula, pois além do que ela aprendeu na escola, a mesma teve a oportunidade de vivenciar toda a história na prática e isso é muito gratificante, disse ela.

Ewwllyn Lowrhany

Para o aluno Luís Henrique, essa aula campal ela se torna muito importante, pois se trata de fator ocorridos na região de Bocaina que muitas pessoas não sabiam, inclusive ele, e o mesmo teve a oportunidade de conhecer de perto e ter um aprendizado mais completo, frisou.

Luís Henrique

Segundo a aluna Lohany Luz, a aula teve muito aprendizado, pois a mesma teve a oportunidade de conhecer de perto um fato tão importante que aconteceu no seu município, e que existe uma grande diferença entre você ler e você ver, e a visita a antiga casa da fazenda, ela pôde compreender melhor, comentou.

Lohany Luz

A estudante Jesicka Matos, disse que a aula lhe rendeu muito aprendizado, pois, por mais que ela estude em sala de aula todo conteúdo, é muito diferente ver de perto parte da história, e que estava feliz por ter tido essa oportunidade, falou ela.

Jesicka Matos

Para a estudante Clara Alencar, uma aula como essa tem a oportunidade de reunir a teoria e a prática ao mesmo tempo, e nesse sentido quem sai ganhando é o aluno, pois além de receber o conteúdo, ele ainda ver de perto um pouco da história, disse.

Clara Alencar

Da Redação