Matéria / Polícia

Trabalho escravo: funcionários quebravam pedras com as mãos e viviam em local improvisado

Quatro trabalhadores foram resgatados em Eliseu Martins e outros sete em Elesbão Veloso

10/03/2023 | Redação
Os trabalhadores, que faziam corte manual de pedras, dormiam ao relento, em redes, e não tinham banheiros ou refeitório / (Fotos: Ministério do Trabalho do Piauí)

 

Auditores fiscais do trabalho resgataram 11 trabalhadores escravizados nas cidades de Elesbão Veloso e Eliseu Martins.

Os trabalhadoras faziam corte manual de pedras. Segundo o Ministério do Trabalho, as pedras que esses trabalhadores produziam eram destinadas a obras de pavimentação de ruas em cidades como Eliseu Martins e Francinópolis.

Fiscalização resgata trabalhadores em situação análoga à de escravos em pedreiras no Piauí — Foto: Auditoria-Fiscal do TrabalhoFiscalização resgata trabalhadores em situação análoga à de escravos em pedreiras no Piauí — Foto: Auditoria-Fiscal do Trabalho

 

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel flagrou duas situações de trabalhadores em condições análogas às de escravos, durante fiscalizações feitas entre os dias 1 e 8 de março.

Em um desses locais, na zona rural de Eliseu Martins, quatro trabalhadores estavam alojados em barracos de palha e lona, sem condições de habitação. Eles tinham que dormir em redes armadas sob a lona, não tinham banheiro ou local para fazer refeições, e tinham que cozinhar com fogareiros improvisados. Segundo os auditores fiscais, havia insetos por todo o alojamento, inclusive na comida dos trabalhadores.

 

Como o chão sob o barraco era de terra, em dias de chuva os trabalhadores relataram que o chão ficava coberto de lama, o que fazia com que roupas e objetos pessoais ficassem sempre expostos à sujeira do ambiente. Eles tomavam banho ao relento, usando vasilhas.

Fiscalização resgata trabalhadores em situação análoga à de escravos em pedreiras no Piauí — Foto: Auditoria-Fiscal do TrabalhoFiscalização resgata trabalhadores em situação análoga à de escravos em pedreiras no Piauí — Foto: Auditoria-Fiscal do Trabalho

 

 

Fonte: Portal G1 Piauí

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