Um homem identificado como Adriano Lima Bispo, de 28 anos, está sendo procurado por suspeita de torturar a enteada de apenas três anos na cidade de Simplício Mendes.
De acordo com o delegado José Wellington, o homem também teria praticado tortura contra os outros três enteados, de 16, 11 e 10 anos, todos filhos da sua atual companheira.
“Na nossa apuração, constatamos que as agressões não existem apenas em relação a essa criança. Na verdade, a mãe tem outras três crianças, uma adolescente de 16 anos, um de 11 e outro de 10. Todas elas são vitimadas por tortura há alguns meses, com agressões físicas, violência psicológica e verbal, inclusive pela própria mãe”, afirmou o delegado em entrevista ao O DIA.
O casal já havia sido alvo de um procedimento policial por maus-tratos no ano passado e as torturas teriam ficado ainda mais graves há cerca de quatro meses, quando o homem passou a conviver com a família na mesma casa.
“Essa senhora vive em um ambiente familiar degradado onde há o consumo de álcool e drogas. Há quatro meses, ele passou não só também a agredi-la, mas também os filhos dela e a situação piorou bastante. Segundo nossa apuração, ele começou a agressões constantes e reiteradas, causando bastante sofrimento a essas crianças, inclusive, sem um motivo, apenas pela personalidade dele, que é extremamente degradada. Chegou ao ponto dele mesmo gravar a tortura que ele pratica contra essa criança”, destacou.
Segundo o delegado, as outras crianças também apresentam marcas de lesões e passaram por exame de corpo delito. Diante dos fatos, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do padrasto Adriano Lima Bispo, que está foragido, e da mãe das vítimas pelo crime de tortura, já que a genitora, além de também praticar tortura contra as crianças, não evitou que os filhos fossem agredidos pelo companheiro.
“A mãe, além de praticar essa tortura em ocasiões anteriores, também será responsabilizada pelo crime de tortura de omissão, que é aquele que tem o dever de evitar a agressão, no entanto, permite e se omite. Ela, como mãe, deveria tomar atitude de evitar, no entanto, se mostra conivente, inclusive o vídeo que foi divulgado ocorre dentro do quarto do casal, possivelmente com a presença dela, o que é realmente um absurdo”, finalizou o delegado José Wellington.
Fonte: Portal O Dia e A Tribuna