O Ministério da Justiça, Polícia Civil do Piauí e o Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina deflagraram na manhã desta sexta-feira (21) a Operação Pessinus. Ao todo, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de internação provisória nas cidades de Ilha Grande (PI), Biguaçu (SC), Lucas do Rio Verde (MT) e Macaé (RJ).
No Piauí, um adolescente foi apreendido em Ilha Grande. Segundo as investigações, ele ameaçava uma das vítimas e realizava diversas violências sexuais por meios virtuais. O adolescente também exigia que a vítima realizasse autofragelo. Durante a ação foram apreendidos em sua residência computador, celular e outros objetos.
O jovem, que já fez mais de dez vítimas, também possuía perfis de culto a símbolos nazistas. Além de idolatrar e propagar imagens de assassinos de massacres escolares, ele praticava por meio desses perfis apologia e incitação a crimes contra a vida.
De acordo com o diretor de Inteligência da SSP/PI, delegado Anchieta Nery, com base nas informações recebidas, a Polícia do Piauí instaurou inquérito e representou judicialmente por mandados de busca e apreensão, bem como internação provisória dos adolescentes infratores.
“As polícias judiciárias do Brasil estão preparadas para enfrentar os desafios virtuais! Hoje a quantidade de crimes cometidos em meio cibernético já é maior que o número de crimes cometidos fisicamente. Os pais e sociedade têm papel fundamental nesse contexto, devendo proteger as crianças e adolescentes por meio da orientação e acompanhamento. Abusos não serão tolerados em nenhum meio”, explicou o delegado.
Através do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina, foram localizadas a existência desses perfis em redes sociais que demonstravam a intenção de cometer atos graves de violência contra pessoas, incluindo estupros e mutilações, massacres em estabelecimentos de ensino e culto e enaltecimento a símbolos ligados ao nazismo.
Dentre os perfis identificados pelos trabalhos policiais, outro também chamou bastante atenção. Tratava-se de uma adolescente que aparentemente tinha a intenção de incendiar uma escola. No entanto, os trabalhos da polícia revelaram que na verdade a adolescente estava sendo vítima de extorsão sexual, encontrando-se numa realidade de submissão decorrente disto.
A ação integrada é promovida pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (DIOPI/SENASP/MJSP) com o objetivo de combater crimes de constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia de crime ou criminoso, bem como incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos praticados no âmbito da internet.
As polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso também apoiaram a ação.
Da Redação do Cidadeverde