Matéria / Polícia

Procurador diz que Piauí precisa criar políticas públicas para o combate do trabalho escravo

Ao todo, 14 empresas piauienses foram incluídas no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão

14/10/2023 | Redação
Edno Moura explica que outro objetivo da lista é dar mais transparência desse tipo de ação para a população / (Foto: Ministério Público do Trabalho do Piauí)

 

Diante do grande número de empresas do Piauí incluídas “lista suja” do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o procurador do Trabalho, Edno Moura, destacou a necessidade de políticas públicas no Estado para o enfrentamento do problema. 

Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta sexta-feira (13), o procurador a necessidade de “atacar as vulnerabilidades” que possibilitam a submissão de trabalhadores a condições de trabalho análogas a escravidão e garantir atendimento adequado as vítimas. 

“Infelizmente não temos, estamos ainda no processo embrionário para que essas pessoas possam ser capacitadas e ter condição ingressar no mercado de trabalho em outra situação. O que acontece é que eles não têm qualificação e então tem que aceitar aquele tipo de trabalho que é ofertado daquela forma”, pontuou Edno Moura. 

Trabalhadores em situação análoga à escravidão são resgatados amontoados em casebre no Piauí - (Divulgação / Ministério Público do Trabalho)

 

Ao todo, 14 empresas piauienses foram incluídas no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão. Em todo o país foram 204 empregadores incluídos no cadastro.

Além de impedir que esses estabelecimentos assinem contrato com o poder público e consigam financiamento para linhas de crédito, Edno Moura explica que outro objetivo da lista é dar mais transparência desse tipo de ação para a população. 

“As pessoas têm um local em que podem ver que a empresa X esta praticando trabalho escravo, para poder tomar a decisão de continuar comprando ou não, contratando serviço ou não. Para que a própria população, consciente da prática do empreendimento, possa tomar uma decisão”, concluiu o procurador. 

 

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Com informações do Portal Cidade Verde

Jornalista: Breno Moreno

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