Os exames médicos da bebê de 1 ano com os parafusos dentro do corpo indicam que não houve estupro, como inicialmente informado pela Polícia Militar em Pedro II, no interior do Piauí. O pai, inicialmente preso e depois solto na terça-feira (19), negou os abusos, apesar de enfrentar acusações de violência doméstica, segundo a polícia.
"Os objetos foram naturalmente expelidos e encontrados na fralda da criança. Não há vestígios de conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com a criança. A região está íntegra", informou a equipe médica do HUT, desmentindo a informação inicial da Polícia Militar sobre sinais de violência nas partes íntimas da criança.
A bebê foi levada ao HUT após apresentar febre devido a uma infecção causada pela ingestão dos parafusos. Isso levou à suspeita de abuso sexual, com o pai como principal suspeito.
"A mãe da criança afirma que não há possibilidade de ele ter feito o que foi atribuído a ele. Ela mencionou que a criança nunca ficou sem ela e que ele é agressivo, com histórico de agressões registradas, mas que jamais tocou na criança dessa maneira", explicou o delegado.
O delegado destacou que o local onde mãe e filha foram encontradas é, na verdade, a "casa delas", já que a família reside em um lixão da cidade, aumentando a possibilidade de ingestão acidental dos objetos de metal.
"Eles vivem em um lixão; então, considerando a falta de comida, higiene e condições de moradia, é compreensível que a criança tenha ingerido o prego e o parafuso", afirmou o delegado de Polícia Civil.
As investigações continuam e que o suspeito está em liberdade devido à ausência de evidências imediatas de abuso sexual.