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Mulheres encontram na Dança do Ventre resgate de autoestima e autoconhecimento

No mês dedicado às mulheres, a bailarina e professora Ana Paula Azevedo fala dos benefícios da dança para quem busca aflorar sua feminilidade 

07/03/2024 | Redação
Mulheres encontram na Dança do Ventre resgate de autoestima e autoconhecimento / Foto: Ascom

Uma dança de origem milenar, que atravessou o tempo e os oceanos, encontrando mulheres que buscam se conectar com o que há de mais feminino em seus corpos e sua essência. A Dança do Ventre encanta não apenas quem assiste, mas sobretudo quem a pratica. Bailarina há cerca de 20 anos, Ana Paula Azevedo viu a dança se tornar parte essencial da mulher que é, bem como assiste as transformações que o estilo proporciona na vida de suas alunas.

Segundo ela, a Dança do Ventre proporciona benefícios que vão além do físico, chegam ao emocional. “Muitas mulheres escolhem a Dança do Ventre, em meio a tantas outras danças, primeiramente pelo encanto e beleza que essa dança emana, e depois por motivos distintos como: auxílio no combate à depressão e ansiedade, para fazer algo prazeroso em benefício próprio e que as deixem felizes, em busca do reencontro consigo mesmas através do resgate da autoestima e do autoconhecimento que a dança proporciona, entre inúmeros outros motivos”, destaca.

Ana Paula Azevedo revela que muitas histórias já aconteceram em sala de aula. “Vi mulheres que não conseguiam se olhar no espelho direito por não gostarem da imagem refletida a mulheres que reencontraram sua vaidade e passam a frequentar as aulas maquiadas, de cabelos arrumados, investem em roupas para suas aulas de dança, para se sentirem mais bonitas. Mulheres que vêm buscando autoestima e apoio emocional e acabam encontrando nas colegas de sala mais que isso. A sensação de pertencimento que passa a ser visível em cada uma, delas com elas”, detalha. 

Waldenia Moraes, por exemplo, chegou ao Studio Raks, liderado por Ana Paula Azevedo, um pouco antes de iniciar a pandemia, no início de 2020. Ela conta que buscou o estilo para auxiliá-la a vencer a timidez e elevar sua autoestima. “As aulas de Dança do Ventre quebraram minha rotina monótona e trouxeram novas amizades, diversão e alegria pra minha vida”, conta a bailarina que, em outubro de 2023, se apresentou pela primeira vez em um espetáculo de Dança do Ventre e como solista. 

Luzia Miranda é outro exemplo de como a Dança do Ventre lhe ajudou a superar até mesmo suas próprias crenças limitantes. “Eu achava que gordinhas não dançavam Dança do Ventre. Mas eu queria praticar algo diferente das lutas que fazia e aceitei iniciar as aulas de dança e me apresentar em espetáculos, melhorando bastante a minha timidez”, relembra a bailarina que pratica Dança do Ventre há cerca de seis anos. Por sua vez, Francilene Gomes ressalta o impacto da Dança do Ventre em sua autoestima e autoconfiança. “A dança me faz acreditar que posso ir além. Faz eu conhecer meu corpo e despertar minha sensualidade”, completa. 

Benefícios físicos

Sobre os aspectos físicos das aulas de Dança do Ventre, Ana Paula Azevedo destaca que elas promovem melhor alongamento, condicionamento físico e fortalecimento muscular proporcionais à prática, além da correção de hábitos posturais irregulares, perda de calorias, melhora a circulação sanguínea, trabalha a coordenação motora, entre outros benefícios, atuando, também, diretamente no despertar mais consciente das inteligências corporal cinestésica, musical, espacial, interpessoal e intrapessoal.
“A dança nos pede delicadeza em alguns momentos, já em outros, mais intensidade. Pede atenção, dedicação, compromisso conosco, com nossas colegas e professora para que possamos desenvolver uma boa dança e, com isso, ganhamos autoconfiança, consciência corporal, autoestima, acabamos trabalhando a timidez e a nossa expressão, seja ela facial ou corporal. A Dança do Ventre é um mundo inteiro além do que estamos habituados a pensar, ela está de braços abertos para nos receber repleta de beleza, encantos, aprendizado e estudo constantes”, finaliza.

Sobre Ana Paula Azevedo

Ana Paula Azevedo iniciou seus estudos de Dança Oriental Árabe em 2002 e, desde então, teve aulas com professores renomados nacionalmente e internacionalmente, entre eles Lulu Brasil, Nur, Kahina, Jade el Jabel, Aziza, Jorge Sabongi, Amara, Ísis, Solange Costa, Carlla Sillveira, Mahaila el Helwa, Tarik, Marcio Mansur, Esmeralda Colabone, Nahla Morani – Brasil, Tufic Nabak – Líbano, Saída, Maestro Mário Kírlis, Amir Thaleb, David Abrahan e Nur Zahira – Argentina, Soraia Zaied – bailarina brasileira de maior sucesso no Egito, Alika – Espanha, Mohamad Kazafy, Yousry Sharif, Randa Kamel, Gamal Seif e Khaled Seif– Egito, Jillina – EUA, Mercedes Nieto – Hungria,  entre outros.

Em 2008, Ana Paula Azevedo fundou o Studio Raks de Dança Árabe, ano em que também lançou o evento “Noite Árabe” em parceria com o Teresina Shopping, considerado por praticantes da dança, profissionais renomados da área, pela mídia local e nacional especializada, como o maior evento e divulgador da Dança Árabe do Piauí. Atualmente, é aluna da bailarina internacional Mahaila el Helwa, um dos maiores nomes da Dança Árabe no Brasil, e se apresentou com seu grupo interestadual 2020/2022, no maior festival de Dança Oriental do Mundo, o Mercado Persa. Na temporada 2023, integrou a Kazafy Troup Brazil, que se apresenta sob a direção de um dos mais renomados professores de folclore egípcio mundial, discípulo do mestre Mahmoud Reda e diretor da Reda Troup por longos anos, Mohamed Kazafy.

 

Fonte: Ascom

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