Um homem foi preso em Cocal dos Alves., no Norte do Piauí, nesta terça-feira (21) suspeito de comercializar fotos e vídeos de pornografia, contendo imagens de nudez e abusos contra crianças e adolescentes.
Segundo a Polícia Civil, foram encontrados mais de 3 mil mídias, fotos e vídeos, de abusos contra crianças adolescentes. As mídias foram encontradas em computadores, celulares e HDs encontrados na casa do suspeito. Os dispositivos devem ainda passar por análise pericial.
A prisão deste homem faz parte de uma investigação conduzida pelas policiais civis de 13 estados do país contra grupos criados em um aplicativo de mensagens onde esse tipo de conteúdo era compartilhado e vendido. O nome da operação, "Bad Vibes III", faz referencia aos aplicativos utilizados pelos investigados
No Piauí, os policiais fizeram buscas na casa do suspeito e o prenderam, em cumprimento a uma ordem de prisão expedida pela Justiça contra ele.
Segundo o delegado Yan Brainer, que comandou a operação no Piauí, a prisão é fruto de informações enviadas pelo Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, que identificou os suspeitos. Os policiais do Piauí deram continuidade à investigação e chegaram ao suspeito.
A chegada da polícia e a revelação dos crimes causou uma grande surpresa nos familiares dele, na manhã desta terça-feira (21).
"Quando chegamos ele confessou o crime. São indivíduos que se escondem em nicks, o dele era apenas duas letras. Eles não usam os aplicativos de mensagens mais populares, preferem aplicativos desconhecidos, chineses, russos, acreditando que não conseguiremos chegar neles", comentou o delegado.
Outras 25 buscas estão sendo realizadas pela policia em endereços ligados a outros membros deste tipo de grupo no Amazonas, em Santa Catarina, Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Piauí, Espírito Santo, Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul.
A operação faz parte de mobilização nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (Secretaria Nacional de Segurança Pública), Polícias Civis do Brasil e agência norte-americana da Homeland Security Investigations.
Fonte: G1/PI