Um adolescente de 14 anos, identificado como Victor Emanoel Sousa Alves, foi assassinado a tiros na noite desta segunda-feira (09), no bairro Alto da Ressurreição, zona Sudeste de Teresina.
De acordo com informações do 8º Batalhão da Polícia Militar, a vítima estava em um comércio quando foi surpreendida por três criminosos que chegaram em um veículo e o alvejaram com mais de 20 disparos de arma de fogo.
Victor Emanoel não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML).
Segundo a PM, após o crime, os suspeitos fugiram e, até o momento, ninguém foi identificado ou preso. A vítima não tinha passagens pela polícia.
O local foi isolado para o trabalho da perícia criminal, e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) aguarda os laudos da perícia para confirmar quantos disparos de arma de fogo atingiram o adolescente e, ainda, qual foi o tipo de armamento utilizando na ação.
Durante o crime, os atiradores atingiram veículos que estavam estacionados nas proximidades do mercadinho, causando prejuízo a terceiros.
"Estamos examinando qual seria a motivação para o crime. Nós vamos tentar puxar aqui alguma coisa da vítima, mas ela é muito nova, apenas 14 anos, queremos ver se ela tem algum envolvimento, mesmo que primário, mesmo que seja daqueles que ficam postando fotografias e fazendo referência a alguma grupo criminoso, o que para alguns já seria uma motivação suficientes, porque eles têm essa mentalidade doentia e ficam procurando pessoas para oprimir e matar e esses são comportamentos que a polícia não pode aceitar e vai rebater com certeza", disse.
O delegado Bruno Ursulino, que conduz a investigação, explicou que um veículo com as características do veículo usado pelos atiradores durante o crime foi visto circulando na região da Vila Kubanacan e se essa ligação for confirmada esse já seria um direcionamento para a investigação.
O conflito entre grupos criminosos na região do Alto da Ressurreição é antigo e já foi mapeado pelas forças de segurança do Estado. O delegado acredita que essa rivalidade possa ter sido revitalizado.
"Algumas dessas pessoas pertencentes a grupos criminosos entram e saem do sistema prisional, e no momento em que elas saem vêm arregimentando mais companheiros para tentar dar força e revitalizar esse conflito que, no momento em que eles tiveram presos, ficou adormecido. No entanto, com a saída dessas pessoas, a gente sabe que tudo volta, e eles ficam de certa forma se caçando, ficam matando, o que não pode ser aceito por nós", finalizou.
Por Rebeca Lima
Com informações do Portal Cidade Verde