Assim como no ano passado, o São Paulo segue com muitas dificuldades de conseguir um patrocinador máster para a sua camisa. Os diretores da área lutam contra a desvalorização da marca para conseguir um valor que agrade.
A imprensa apurou que o São Paulo queria um valor entre R$ 20 e 30 milhões para ceder a área mais nobre da sua camisa a uma empresa, mas não tem conseguido nem R$ 13 milhões, valor considerado irrisório pelos dirigentes. “A gente pede 25, para conseguir 20 e eles oferecem 12,5. Não dá para aceitar”, reclamou um dirigente, sob a condição de anonimato.
O presidente Juvenal Juvêncio deu carta branca para o publicitário Roberto Justus ir ao mercado conseguir um patrocinador máster. Mas nem o vasto conhecimento e a grande influência do profissional na área fizeram o São Paulo ter êxito na empreitada.
Impulsionados pelo fator Ronaldo e o crescimento da economia brasileira, os clubes brasileiros conseguiram majorar as suas cotas de patrocínio recentemente. Mas a aposentadoria do Fenômeno e a falta de ídolos com a sua abrangência para substituí-lo, somado ao fato de que o mercado não teve o retorno esperado para os vultosos investimentos que fez, acarretaram na diminuição dos valores na hora da renovação dos mesmos.
Por resistirem a essa tendência, os três clubes de maior torcida do país estão atualmente sem patrocínio – São Paulo, Flamengo e Corinthians. Os próprios dirigentes do Tricolor admitem que esse problema acaba atrapalhando na busca por um novo acordo.
Após dos patrocínios pontuais com êxito no início do ano, o São Paulo esteve perto de fechar com a Lenovo, multinacional chinesa do ramo de computadores. Mas a empresa de última hora decidiu não investir nesta área, o que frustrou o plano do marketing são-paulino, certo de que poderia repetir a mesma parceria de sucesso com a LG.
A princípio, o São Paulo tem conseguido equacionar as contas com outras fontes de renda – aluguel do Morumbi para shows e jogos, bilheteria e cotas de TV, entre outros. A não ser que encontre alguém disposto a pagar um valor que agrade, o clube não deve permitir patrocínios másters pontuais na camisa. Para o início do Brasileirão, uma solução foi encontrada: promover o programa de Sócio Torcedor.
Fonte: UOL