A justiça decretou a prisão preventiva de Adelaido Celestino suspeito de matar a irmã, a advogada Valdenice Celestino, 53 anos, na última segunda-feira (03) no município de Paulistana.
A decisão foi assinada pela juíza de plantão da Vara de Picos, Tallita Cruz Sampaio. O suspeito segue foragido.
Segundo o comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel França, duas pessoas, entre elas uma irmã da vítima e do suspeito, testemunharam o crime. As testemunhas relataram que houve uma discussão entre os dois irmãos e o homem utilizou uma pistola para atirar mais de 10 vezes contra a advogada.
O desentendimento entre os irmãos começou após a divisão das terras herdadas da família. A construção de uma cerca teria gerado o desentendimento final. Valdenice construiu a cerca alegando que os animais criados pelo irmão estariam entrando na sua propriedade e causando danos a sua propriedade. O irmão alegava que a área cercada pela vítima era de sua propriedade e não aceitava a divisão.
“O crime ocorreu em meio a um histórico de conflitos familiares relacionado à divisão de terras herdadas, o que gerou sucessivos desentendimentos entre ambos. A animosidade entre os irmãos se intensificou especialmente em razão da construção e manutenção de uma cerca por parte de Valdenice que alegava que os animais de Adelaido estavam constantemente invadindo sua propriedade, destruindo a estrutura e comprometendo a área", diz a decisão.
O crime foi testemunhado por Francisca Gomes, irmã de Valdenice e Adelaido. Ela também foi ameaçada, mas conseguiu correr e escapar.
"No dia do crime, enquanto Valdenice e Francisca caminhavam próximo à cerca, Adelaide surgiu armado, sem qualquer aviso e, sem dar tempo para reação, ele disparou contra Valdenice, que tentou fugir, mas caiu ao solo. Adelaido então mirou a arma contra Francisca, declarando que iria matá-la, também. Desesperada, Valdenice ainda implorou para que a irmã fosse poupada, mas Adelaido voltou a atirar nela, garantindo sua morte. Francisca conseguiu escapar correndo para a mata", diz o documento assinado pela juíza.
O suspeito continua foragido, e a polícia segue realizando diligências para localizá-lo.
Por Adriana Magalhães
Com informações do Portal Cidade Verde