/

Roberto Frizzo, Sérgio do Prado, Gilto Avallone, Kleber, Lincoln, Wellington Paulista, Pierre e agora Seraphim del Grande. Essa é a lista de desafetos de Luiz Felipe Scolari desde que voltou ao Palmeiras, no meio de 2010. O nome do ex-diretor de futebol entrou no grupo no fim da semana passada.

O gaúcho não engoliu as declarações de Seraphim a imprensa sobre o excesso de jogadores do São Caetano no Palmeiras e também pelo pagamento de comissões a empresários. O treinador invadiu a sala de reuniões e cobrou o ex-diretor de futebol pelas declarações. Uma breve discussão aconteceu ali mesmo, como relatou o Blog do Avallone, em frente a outros dirigentes e acabou deixando clara a constante insatisfação do técnico sobre o ambiente da Academia de Futebol.

No extracampo, Felipão ainda teve problemas com Sérgio do Prado, ex-gerente administrativo, com o atual vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, e outros conselheiros que são chegados a holofotes da mídia, como Gilto Avallone. Sobrou até para o grupo de investidores que comandam a DIS, braço esportivo do Sondas. 

Dentro de campo, o pentacampeão não conseguiu se entender com nomes como Lincoln, Kleber, Wellington Paulista e Pierre. A maioria dos casos foi reflexo da habitual turbulência do ambiente na Academia de Futebol. Essa guerra interna, aliás, é a justificativa para os mais próximos de Luiz Felipe Scolari pelas constantes explosões que presenciam no Palmeiras. O gaúcho, que nunca foi de levar desaforo para casa, teve seu perfil briguento inflado no time em que ele virou ídolo no fim da década de 1990. 

Desde que chegou, Felipão deixa claro que não gosta da insegurança que sente nos bastidores do Palmeiras. No mês passado, por exemplo, reclamou publicamente e pediu que os dirigentes "assumissem essa m....", referindo-se a falta de dinheiro no caixa alviverde. Problemas à parte, jogadores e comissão tentam se concentrar em recolocar o time em uma final, fato que não acontece desde 2008, no Paulistão.

OS DESAFETOS DE FELIPÃO DESDE 2010

	Na última semana, o treinador invadiu uma sala de reunião na Academia de Futebol para cobrar Seraphim del Grande. O gaúcho não gostou das declarações do ex-diretor de futebol do Palmeiras ao UOL Esporte, sobre o problema de pagamento de comissões para empresários, como Giuliano Aranda, que cuida da carreira de Luan e Patrik, e também sobre a chegada em excesso de jogadores do São Caetano. Chama a atenção o fato de Felipão já ter trabalhado com o cartola na época da Parmalat e, desde então, o relacionamento não era dos melhores.
	Felipão também teve problemas com Sérgio do Prado, ex-gerente administrativo, e não conseguia lidar com a presença do hoje diretor de futebol do Santo André na Academia de Futebol. A rixa entre eles sempre foi alimentada por nomes como o assessor da presidência Mauro Marques. Sérgio, por sua vez, era acusado de vazar documentos do clube.
	O vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, nunca foi do agrado de Luiz Felipe Scolari. O treinador sempre teve problemas com as declarações do dirigente e dificilmente concordava com algo proposto pelo cartola. Publicamente, os dois afirmam que eles tinham apenas discordâncias normais de um ambiente de trabalho. A chegada de César Sampaio era esperada como um escudo para a relação entre eles, mas pouco adiantou.
	Gilto Avallone é um dos conselheiros que busca todos os tipos de irregularidades e defende sempre o que acha certo. Para isso, não tem problemas em dar entrevistas polêmicas. Certa vez, um cartaz colado nos vestiários pediu para os jogadores tomarem cuidado com Gilto. Colar cartazes, aliás, é uma prática que virou comum no Palmeiras. Na sala de imprensa já foram colados recados contra a TV Bandeirantes e também contra o excesso de pênaltis marcados contra o time do Palestra Itália.
Fonte: UOL	Wellington Paulista, Kleber, Lincoln e Pierre são nomes de jogadores que deram certo em lugares diferentes e tiveram atritos com Luiz Felipe Scolari. O primeiro, por exemplo, virou artilheiro do Campeonato Mineiro em 2012. O segundo ganhou status de ídolo rapidamente até se machucar no Grêmio. O meia foi campeão no Coritiba neste ano, enquanto que o volante levantou a taça no Atlético-MG.