Por Feitosa Costa
Um dos dois perfis genéticos masculinos recolhidos pela perícia na área em que Fernanda Lages Veras foi encontrada morta no dia 25 de agosto de 2011, estava no quinto andar do prédio que sediará a Procuradoria Geral da República no Piauí e se repete no parapeito de onde a estudante teria sido atirada ou se jogado para a morte, localização só agora completamente identificada.
No parapeito, esse perfil genético está sobreposto ao segundo, fato que leva o promotor Eliardo Cabral a ter certeza de que esses dois homens, "provavelmente com a ajuda de um terceiro" são os responsáveis pelo que ele chama de "crime bárbaro contra Fernanda Lages".
Quando apresentou a sua conclusão sobre o fato, o delegado da Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico), Paulo Nogueira, que presidiu o inquérito na esfera da Polícia Civil, ainda não tinha o resultado das comparações desses perfis com os de todos os operários que faziam parte da obra.
Na área em que Fernanda se jogou ou foi atirada, foram encontrados os dois perfis masculinos deixados no local ou por saliva, por sangue ou suor. Um deles está sozinho no quinto anda, um vão abaixo do terraço de onde Fernanda caiu. Sobre o parapeito, esse perfil também é encontrado, sobreposto a um outro também de homem.
Nas investigações da PF todos os homens que tinham qualquer tipo de ligação com a obra do prédio da Procuradoria foram submetidos a recolhimento de amostras. Cerca de 10 deles estavam fora do Estado, o que dificultou o trabalho.
Fonte: GP1