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Aroeiras do Itaim é a única cidade do Brasil a não ter acesso a inclusão digital

01/08/2012 |
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Enquanto mais da metade da população brasileira está incluída no mundo digital, o que coloca o Brasil próximo à média mundial, o Piauí junto com o Maranhão, Pará e Roraima apresentam os piores índices de inclusão digital do país, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As três últimas cidades do ranking são Fernando Falcão (MA), com apenas 3,7% da população com acesso digital; Chaves (PA), com 3,7%; e Uiramutã (RR), com 4,51%. Mas o pior resultado foi mesmo do Piauí, o município de Aroeiras foi o único do país sem registro de acesso, apontou a pesquisa.

Apesar disso, o estudo apontou que no Brasil, 51,2% da população pesquisada tem acesso a celular, telefone fixo, computador e internet em casa, enquanto a média global marca 49,1%. No ranking global de inclusão digital, o Brasil está no 72º lugar, entre 156 países pesquisados.

“O Brasil ficar no meio do mundo é uma situação recorrente nas pesquisas, seja em renda, em inclusão digital. Isso pode ser entendido como o copo meio cheio ou meio vazio. Esperemos que o copo encha”, disse o pesquisador, explicando que a pesquisa usou dados estatísticos do Instituto Gallup e do Censo 2010.

Entre 156 países pesquisados, os dez que têm população com mais acesso ao celular, ao telefone fixo, ao computador e à internet em casa são Suécia (95,8%), Islândia (95,5%), Singapura (95,5%), Nova Zelândia (93,5%), Holanda (92,5%), Irlanda (92,3%), Luxemburgo (92%), Taiwan (91,8%), Suíça (91,3%), e Austrália (91%).

No Brasil, a cidade paulista de São Caetano do Sul é a campeã nacional de inclusão digital, que atinge em média 82,6 por cento da população com 15 anos ou mais de idade, que têm acesso a celular, telefone fixo e internet em casa.

Metas do Milênio
A pesquisa da FVG, segundo o economista Marcelo Neri, coordenador do trabalho, visa a ser uma ferramenta para subsidiar os trabalhos para a conquista do objetivo 8 das Metas do Milênio para o período de 2000 a 2015, que contém indicadores de inclusão digital

Para elaborar a pesquisa da FGV, foi proposto um indicador de acesso aos meios digitais, o Itic global, que foi aplicado a 156 países e a 5.550 municípios brasileiros.

Celular, ferramenta de inclusão
Segundo a pesquisa, o celular é o grande veículo de inclusão. Entre os dez primeiros países a fazerem mais uso do celular, sete são árabes, o que para o economista, representa a verdadeira primavera árabe.

Com 99% de indivíduos acima de 18 anos com acesso a celular, estão Islândia, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Finlândia, Barein, Kuwait, Qatar e Arábia Saudita. No décimo lugar, com 98% da população fazendo uso do celular, vem Omã. O Brasil aparece em 74º lugar, com 87% da população com acesso a celulares.

“Celular é uma tecnologia que está onde os pobres estão. Por isso, tem que levar conteúdo educacional pela plataforma do celular móvel, que está nas mãos das pessoas que se quer incluir. O celular está onde as pessoas estão. É uma plataforma que gera inclusão social”, diz o economista, explicando que dois terços dos pobres do Brasil têm celular.

Fonte: com informações do Reuters

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