Dionizio Oliveira
Do UOL, em Belo Horizonte
Barrado no último jogo contra o Palmeiras, quando o Cruzeiro venceu por 2 a 1, o atacante Wellington Paulista, que nem sequer entrou na partida, se recusou a falar com a imprensa nesta quinta-feira. O volante Leandro Guerreiro admitiu que o companheiro ficou chateado com o banco, mas destacou que cabe aos jogadores aceitarem a decisão do técnico Celso Roth.
“Um jogador é diferente do outro. Cada um tem seu comportamento, sua personalidade. Eu sou um jogador mais quieto, que aceita o que o treinador decidir. É claro que a gente não vai ficar feliz na reserva, como o Wellington não está feliz, mas temos que acatar as ordens do nosso chefe, isso é no futebol e em qualquer profissão”, afirmou Leandro Guerreiro.
“Vocês também têm os seus chefes, mas temos que atacar. Hoje, no futebol, não existe mais querer fazer biquinho, corpo mole, fazer panelinha, já foi a época” acrescentou Leandro Guerreiro, em discurso parecido com o do atacante Borges na última terça-feira.
Artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro, com seis gols, e na temporada, com 24, o centroavante foi substituído por Wallyson na última rodada por uma questão tática. De acordo com Celso Roth, a modificação foi para dar mais movimentação ao ataque. Wellington Paulista foi escolhido pelos jornalistas que cobrem o Cruzeiro, na Toca da Raposa II, mas, informou ao diretor de comunicação do clube, Guilherme Mendes, que não falaria.
Para Leandro Guerreiro, o caminho para Wellington Paulista voltar ao time titular é o mesmo que trilharam os companheiros: com bons treinamentos e boas partidas. “Temos que ganhar a posição dentro de campo e tenho certeza que é isso que o Wellington vai fazer. Foi o que eu fiz, foi o que o Victorino fez e o Thiago (Carvalho) também”, acrescentou.
O volante, um dos mais experientes do elenco, considera que o cruzeiro tem um grupo “fechado e muito forte”. “Vamos conseguir nosso objetivo que é no mínimo a Libertadores”, concluiu Leandro Guerreiro.
No treino desta quinta-feira, o atacante formou dupla de ataque com Anselmo Ramon, entre os reservas. No entanto, foi sacado no decorrer da atividade para a entrada de Fabinho. Antes do jogo contra o Palmeiras, o goleador só havia ficado de fora da equipe na partida contra o Internacional, cumprindo suspensão automática pelo terceiro amarelo.
