Matéria / Polícia

FINALMENTE: PF mostra relatório final do caso Fernanda

20/09/2012 |
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Após todas as apresentações da PF, foi concluído no relatório final que a jovem cometeu suicídio/acidente. Isso porque ela até pode ter hesitado no momento da queda. O relatório foi dado conforme o seguinte.

"Nos momentos que antecederam a morte de Fernanda Lages Veras, no dia 25/08/2012, ela estava sozinha e não há indícios do cometimento de crimes de homicídio.

O quadro é sugestivo da ocorrência de suicídio, entretanto, não podemos descartar a possibilidade de morte acidental considerando a não preservação e o processamento inadequado do local no momento do fato."

Atualizada às 11h28
Respondendo a uma das perguntas do jornalista, o delegado da Polícia Federal afirmou que o corpo de Fernanda Lages foi o mais examinado na história da PF. Todas as fraturas no corpo da jovem foram identificadas, principalmente no crânio, que teve o maior impacto na queda. Ela teve ainda todas as costelas quebradas e o dente de Fernanda, que caiu, foi após o rompimento do crânio, fazendo o dente cair.

Atualizada às 11h17
Uma reconstituição 3D mostou aquela que seria a visão de Fernanda Lages desde o momento em que ela saiu do bar Pernambuco. Mostra ela parando o carro, entrando na obra, parada, escolhendo por onde subiria para o alto do prédio. E lá de cima, olhando para baixo, subindo a mureta, caminhando sobre ela e de lá se projetando. Pelas imagens de Fernanda dentro do carro, é possível ver a todo instante que ela estava sozinha.


Imagem da posição final do corpo de Fernanda

Atualizada às 11h07
A Polícia Federal apresentou uma linha do tempo das últimas horas de vida de Fernanda. E nesta reconstituição das últimas horas, a polícia conta que Fernanda esteve na casa de Nayrinha, esteve na faculdade, conversou com o ex-namorado Pablo, lhe pediu 10 reais, foi para o restaurante Chão Nativo, Boate Cenário e ainda naquela noite, passou em frente à obra do prédio do MPF. Depois ela retorna para a Boate Cenário, vai para o bar Pernambuco, depois um posto de gasolina, e em seguida segue em definitivo para o prédio onde foi encontrada.

Atualizada às 10h37
O delegado presidente do inquérito que apura a morte de Fernanda, José Edilson Freitas, mostrou as imagens simulativas de como teria ocorrido a morte de Fernanda. Ele mudou a posição de onde ela teria caído. Ela teria subido do lado onde aparecem as marcas, caminhado sobre a mureta, e de lá se jogado. Fernanda ainda teve tempo de ajeitar o vestido, isso baseado na marca de arraste na perna da jovem.


Imagens da simulação 3D feita pela PF da queda de Fernanda Lages


Até então, acreditava-se que Fernanda tinha caído do ponto A, porém ela caiu do ponto B

Atualizada às 10h14
"Não tenho duvida alguma do que vou apresentar. E tenho certeza de que não aparecerão fatos que poderão mudar o que vou falar aqui. Vim aqui hoje porque tenho absoluta certeza do que vou falar. Agora, é o convencimento dos senhores que pode fazer com que isso perdure. Todas as instituições aqui são muito forte. O serviço da Polícia Civil daqui deve ser respeitado. Eu volto para a minha terra vendo um ministério público atuante, e uma polícia civil reunião. E espero voltar vendo uma imprensa que faz eu trabalho", disse o presidente do inquérito.

Atualizada às 10h01
Antes de dar início à apresentação, o superintendente falou sobre o decorrer da investigação, desde que o caso passou para a PF. Nivaldo Farias chegou a criticar o fato da imprensa ter creditado informações a respeito de declarações dada por certas autoridades. "Ao invés de ouvir conversas de corredores, procurem a polícia. E se existir um culpado, nós o vamos prender. Mas para isso, o culpado precisa existir", disse o superintendente.

Atualizada às 09h54
Foi dado início a coletiva do caso Fernanda Lages. Estão presentes o superintendente da PF, Evaldo Farias, Marcos Aurélio de Moura, delegado da PF, coordenados geral institucional; Jose Edilson Freitas, presidente do inquérito do caso Fernanda; Alberto Ferreira Neto, presidente dos trabalhos investigatórios; José Artur Neto, perito federal criminal, chefe do setor técnico cientifico da PF; e Carlos Eduardo Palhares, do Instituto Nacional de Criminalistica.

Atualizada às 09h43
Os delegados da Polícia Federal e peritos acabaram de adentrar ao auditório da superintendência, e a coletiva começará em instantes. Pela família, apenas do advogado, Lucas Villa, que conversa com os delegados neste momento. Ele entregou um documento solicitando uma cópia do inquérito.

Atualizada às 9h33
No auditório da Polícia Federal, a expectativa é grande entre os jornalistas, alguns que produzirão até mesmo matéria em rede nacional. Até agora, como já era esperado, nenhum dos dois promotores, Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, apareceram na sede da PF. Este segundo, estaria hoje fazendo avaliações de saúde, e por isso não estaria presente. Já no caso de Eliardo, a ausência já foi confirmada, por de fato discordar do relatório final a ser apresentado.

Atualizada às 9h23
A coletiva será feita com a participação do superintendente Nivaldo Farias, além dos delegados que vieram de fora para trabalhar no caso. Ao final da apresentação, que não deve durar menos de uma hora, os jornalistas poderão fazer duas perguntas, cada um, a respeito do que foi apresentado, e de qualquer duvida.


No telão exibido na sala da coletiva, a capa do que seria o inquérito, de nº 0890/2011

Atualizada às 09h16
A partir de agora, o 180graus acompanha direto da Superintendência da Polícia Federal, a divulgação do relatório final do caso Fernanda Lages. Uma grande quantidade de profissionais da imprensa já estão no local, aguardando pela coletiva, prevista para iniciar às 9h30.


Em frente à sede da PF, os agentes que estão de greve

PF APRESENTA RELATÓRIO FINAL
Logo mais a partir das 9h30, a Polícia Federal vai apresentar o tão aguardado relatório final do inquérito do Caso Fernanda Lages. Ao que tudo indica, não o relatório não deverá trazer muitas novidades em sua conclusão, porém a PF promete ser bem detalhista e técnica ao embasar suas conclusões à respeito da morte da estudante, cujo corpo foi encontrado na manhã do dia 25 de agosto na prédio em obra da Procuradoria da República ainda em 2011.

O relatório da Polícia Federal declina para suicídio. As informações que já começaram a vazar nesta quarta-feira (19/09), são de que a jovem, segundo o texto final do inquérito, entrou no prédio sozinha, não marcou encontro com ninguém, e nem mesmo tinha alguém ali a esperando. Ela subiu as escadas da obra, foi até a cobertura do prédio, subiu no parapeito, onde se feriu na barriga com a cordoalha, e em pé, caminhou alguns passos. Teve tempo de ajeitar o vestido e de lá, pulou, em posição de mergulho.

Logo mais, na mesa da coletiva de imprensa, os promotores do Ministério Público, Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha não estarão presente, por afirmarem que não concordam com o que foi concluído pela Polícia Federal. Desde quando entraram no caso, os promotores reafirmam que a morte da estudante foi homicídio, e que conhecem os autores. Porém, mesmo em um ano e 20 dias de investigação, nada foi dito a respeito disso.


Caso completou um ano, e só hoje pode ter sua definição desenhada

Em nenhum momento dizendo saber quem seriam os culpados, os promotores nunca os apontaram, nem mesmo para que a polícia os pudessem investigar. O nome deste suposto culpado sempre foi insinuado, e nunca esclarecido. E mesmo com a divulgação final da Polícia Federal, os promotores prometem continuar trabalhando no caso, a fim de provar suas teses. E como a PF já teria exaurido seus trabalhos, a investigação, caso novas diligências forem pedidas, poderia voltar para a Polícia Civil.


Cenas da reconstituição, quando um boneco foi jogado do alto do prédio, simulando a queda

Este com certeza foi um dos casos mais polêmicos dos últimos anos em Teresina, e que envolveu toda sociedade piauiense. Com as declarações dadas na TV, criou-se a expectativa de que a morte da jovem tivesse sido em decorrência de um crime bárbaro, com envolvimento de pessoas ricas, influentes, onde até mesmo prostituição foi posto entre as motivações para que Fernanda fosse morta.

Porém os laudos e peças periciais, nem as produzida pela Polícia Civil, que trabalhou no caso por dois meses, nem pela Polícia Federal, há mais de 10 meses no caso, não apontam para tais teses que foram levantadas principalmente pelos promotores Ubiraci e Eliardo, e endossadas pela Família. Hoje estarão sendo apresentados à sociedade piauiense o resultado dos trabalho, depois que o corpo da jovem foi exumado, pessoas foram presas, ouvidas, quebras de sigilos foram feitas e mais, muito mais detalhes em um ano de trabalho.

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Fonte: 180graus


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