Santo Antônio de Lisboa, a capital piauiense do caju, fica a 350 quilômetros de Teresina. Por causa da seca, os produtores calculam que a quebra na safra deste ano pode chegar a 80%.
Luis Rodrigues tem 150 hectares e já começou a colheita, mas o caju não se desenvolveu. O pendúnculo murchou e caiu antes do tempo. "Faltou água, não teve água de jeito nenhum. É muito triste", diz.
O fenômeno é preocupante; o cajueiro, uma das plantas mais resistentes do Nordeste está morrendo por causa da seca.
Por falta de caju, 10 das 14 agroindústrias do município suspenderam as atividades. Uma empresa que fabricava polpa dispensou os 20 funcionários e não sabe quando vai reabrir as portas.
Uma indústria de suco manteve o funcionamento, mas com a matéria-primaescassa, reduziu a produção em 60%. Quarenta e dois, dos 80 funcionários, foram demitidos.
O Piauí é o segundo maior produtor de caju do Brasil, perde apenas para o Ceará.
Fonte: G1