Matéria / Educacao

Governo pode realizar novos cortes de salários na UESPI

14/10/2012 |
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Na manhã da ultima quinta-feira (11) foi realizada no Tribunal de Justiça a audiência de julgamento do Agravo de Instrumento de autoria da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí exigindo a suspensão da liminar que decreta a ilegalidade da greve dos docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).

O Desembargador Brandão, ratificando o argumento constante na liminar, de que a educação é serviço essencial, fundamentou a manutenção da ilegalidade da greve afirmando que toda a categoria havia cessado completamente suas atividades sem garantir  prestação de serviço para a sociedade.

ADCESP
A ADCESP diz que, mesmo em greve os docentes mantiveram algumas atividades como orientação a estudantes e grupos de pesquisa e extensão, como foi documentalmente provado afirmando que, o exercício do magistério superior não se limita a presença em sala de aula.

Apesar desta decisão ser desfavorável à categoria, por abrir possibilidade de que a ADCESP pague a multa constante na liminar, o Ministério Público, através do Promotor Fernando Santos, afirmou que ela não tem efeitos práticos sobre a questão do corte de salários, uma vez que a liminar não versa sobre tal questão. Além disso, esta somente passa a ter efeito após a notificação do sindicato em 12/09/2012, e a multa ainda poderá ser negociada.

Corte de salários
Ocorrerá uma audiência pública no dia 23, segunda-feira, às 10h, no auditório do Ministério Público Estadual, intermediada pelo Promotor Fernando Santos entre a ADCESP, o Secretário de Administração Paulo Ivan, e o Reitor da UESPI Carlos Alberto Pereira (PT) para tratar sobre esta questão.

A ADCESP também obteve informação da Adm. Superior de que o corte realizado foi referente apenas ao mês de agosto, e que, portanto, no próximo mês os salários serão cortados novamente devido aos dias não trabalhados em setembro. Ainda segundo as informações obtidas pela ADCESP as orientações advêm do governo de Wilson Martins (PSB), através do Secretário de Administração, que “não abrem mão dos cortes”.

Fonte: Com informações da ASCOM

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