Matéria / Esportes

Três anos após jogo chamado de "arranjado" por Belluzzo, Palmeiras e Fluminense trocam de papel no BR

09/11/2012 |
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Dois times brigando desesperadamente por uma vitória em um domingo de muito sol em novembro. Um, o dono da casa, queria três pontos de qualquer jeito para escapar da zona de rebaixamento. Precisava começar a reação para não ir à Série B após um ano em que foi vice-campeão da América do Sul. O artilheiro tinha 12 gols e era uma das estrelas da equipe. Do outro, um time que estava na ponta e precisava vencer para tentar se consolidar na ponta e que saiu do estádio em fúria por causa da arbitragem e com a derrota por 1 a 0.

Maicon e Fred comemoram gol do Fluminense contra o Palmeiras

A história acima descreve o jogo que aconteceu há três anos, no Maracanã, entre Fluminense e Palmeiras. O time paulista foi derrotado com gol de Fred, entrou em parafusos e viu o título quase ganho escorrer pelas mãos. O encontro ainda ficou marcado pelo polêmico gol de Obina anulado por Carlos Eugênio Simon.

Foto 1 de 50 - Sergio e Tonhão, ídolos do Palmeiras, analisam crise do clube no "Papo Reto com Neto" Flavio Florido/UOL

Três anos depois, a história se repete, com os mesmos personagens, mas em situação opostas. Em Presidente Prudente, em um domingo de novembro de provavelmente muito sol, Fluminense e Palmeiras entram em campo. Dessa vez, no entanto, o Tricolor busca o título, e, o Alviverde, o milagre da luta contra o rebaixamento.

FOTOS DO JOGO DE 2009

  • Rafael Andrade/Folhapress

    Marcão era zagueiro do Palmeiras no polêmico jogo

  • Rafael Andrade/Folhapress

    Love era companheiro de ataque de Obina no time

  • Rafael Andrade/Folhapress

    Diego Souza era responsável pela criação do time

Apesar dos 36 meses já passados, o episódio deixou marcas no Palestra Itália que não conseguem ser cicatrizadas. O então presidente, Luiz Gonzaga Belluzzo, disparou contra o árbitro gaúcho e até se envolveu em um imbróglio jurídico. Tanto tempo depois, ele mostra que não engoliu a história.

“Foi uma realização de todos os sentidos ruins do futebol. Foi um jogo arranjado. Foi algo de tudo o que comanda o futebol queria. E o juiz, cujo nome eu não pronuncio, ainda falou que o Obina admitiu a falta. O Palmeiras estava em primeiro e o jogo teve efeito muito negativo para a equipe. No jogo seguinte empatamos com o Sport, que já tinha caído, no Palestra, depois com Grêmio, o juiz expulsou jogadores com informações que vieram de fora, porque ele também não viu... Isso é tudo o que posso dizer desse jogo”, disse ele sem esconder a profunda mágoa.

Questionado por um colega numa transmissão na Fox Sports - hoje Simon é comentarista do canal -, o ex-árbitro afirmou que o atacante havia admitido que fez falta.

"(Obina) é um jogador muito honesto. Quando ele comete falta, como foi o caso do jogo contra o Fluminense em 2008 (na verdade, 2009), ele mesmo veio ao microfone e disse 'olhe, eu realmente fiz a determinada falta”, disse o juiz.

Quase que instantaneamente, a assessoria de imprensa do Palmeiras reagiu e publicou entrevista com Obina. O atacante, que foi repatriado recentemente, negou de forma veemente qualquer papo de confissão com Simon.

RELEMBRE O LANCE

“Não (confessei para o Simon que fiz a falta), até porque as câmeras dizem tudo. Eu estava sozinho no lance, como é que eu iria cometer uma falta? O Simon tem que entender que errou e tem que assumir o erro dele. Não pode colocar a culpa nos outros e dizer que eu falei ou deixei de falar. Com certeza (é mentira dele). Pura mentira! Todo mundo viu que eu não fiz falta e que eu fiz um gol legítimo. Isso nos atrapalhou muito naquele ano”, disse o atleta no site oficial.

Curiosamente, um ano depois, o Palmeiras voltaria a encontrar o mesmo Fluminense em mais um jogo que ficou marcado na história. O time carioca já havia superado o péssimo ano de 2009 e brigava pelo topo de 2010. O principal rival era o Corinthians. Na penúltima rodada, mais uma vez em um domingo de novembro, os torcedores alviverdes compareceram à Arena Barueri para torcer contra a própria “pátria”. Tudo para prejudicar o arquirrival.  O então técnico Felipão chegou a brincar e disse, durante a semana, que nem sabia quem era o adversário do fim de semana.

 

Fonte: Uol Esportes

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